ATA DA TRIGÉSIMA SÉTIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 06-5-2013.
Aos seis dias do mês de
maio do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiza
Neves, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, João
Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Séfora
Mota, Valter Nagelstein e Waldir Canal.
À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 090/13 (Processo
nº 1073/13), de autoria do vereador Dr. Thiago; o Projeto de Lei do Legislativo
nº 132/13 (Processo nº 1409/13), de autoria da vereadora Lourdes Sprenger; o
Projeto de Resolução nº 012/13 (Processo nº 1459/13), de autoria do vereador
Paulo Brum; e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/13 (Processo
nº 0559/13), de autoria da vereadora Sofia Cavedon. Também, foram apregoados
Requerimentos de autoria do vereador Idenir Cecchim, deferidos pelo senhor
Presidente, solicitando o desarquivamento dos Projetos de Lei do Legislativo nos
043 e 184/12 (Processos nos 0585 e 2508/12,
respectivamente). A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, às senhoras Mara Santana e Jane da Rosa, respectivamente Coordenadora
e Voluntária do Centro de Valorização da Vida – CVV –, que divulgaram o
trabalho realizado pelo CVV, solicitando apoio para que seja viabilizada a
continuidade da prestação desses serviços em Porto Alegre. Em continuidade, nos
termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Sofia Cavedon, Elizandro
Sabino, Jussara Cony, Bernardino Vendruscolo, Márcio Bins Ely e João Carlos
Nedel manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o
tema em debate, à senhora Jane da Rosa. Às quatorze horas e quarenta e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta e quatro minutos. Em seguida, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pela vereadora Luiza Neves, solicitando alteração
na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em prosseguimento, foi iniciado o período
de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear a Clínica Esperança de Amparo à
Criança, nos termos do Requerimento nº 088/13 (Processo nº 1437/13), de autoria
da vereadora Luiza Neves. Compuseram a Mesa: o vereador Dr. Thiago, Presidente
da Câmara Municipal de Porto Alegre; o senhor José Fortunati, Prefeito
Municipal; o senhor José Francisco Teixeira Pinto, Subchefe Parlamentar da Casa
Civil, representando o Governo do Estado do Rio Grande do Sul; a senhora Loide
Colisse, Diretora da Clínica Esperança de Amparo à Criança; e o senhor Willes
Taranger, filho da fundadora da Clínica Esperança de Amparo à Criança. Após,
foi apresentado número musical pelo Coral da Clínica Esperança de Amparo à
Criança. Em COMUNICAÇÕES pronunciou-se a vereadora Luiza Neves. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora Luiza Neves. Na oportunidade, o senhor
Presidente concedeu a palavra ao senhor José Fortunati. Ainda, o senhor
Presidente convidou a vereadora Luiza Neves a proceder à entrega, à senhora
Loide Colisse, de Diploma alusivo à presente solenidade, concedendo a palavra a
Sua Senhoria, que agradeceu a homenagem prestada pela Casa. Às quinze horas e
trinta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quinze horas e trinta e quatro minutos. A seguir, nos termos do
artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu TEMPO
ESPECIAL à vereadora Jussara Cony, que relatou sua participação, em
Representação Externa deste Legislativo, do dia nove ao dia onze de abril do corrente,
no Ato Nacional em Defesa da Saúde Pública, no ato Saúde + 10 e em reunião com
equipe do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Porto
Alegre, em Brasília – DF. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Jussara Cony, Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Idenir Cecchim,
Mônica Leal e Alceu Brasinha. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores
Elizandro Sabino, Professor Garcia, Sofia Cavedon, esta em tempo cedido pelo
vereador Marcelo Sgarbossa, Alceu Brasinha, este em tempo cedido pela vereadora
Séfora Mota, e Dr. Thiago. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Paulo Brum, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão. Em
prosseguimento, foi apregoado Atestado firmado pela senhora Anaísa Accorsi
Peruffo, Juíza de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional do 4º Distrito da
Comarca de Porto Alegre, informando que o vereador Mario Manfro compareceu no
dia dois de maio a audiência naquele Juízo. Após, foram apregoados os seguintes
Memorandos, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo: nº 030/13, de autoria do vereador
Engº Comassetto, hoje e amanhã, na 7ª Reunião da Coordenação-Executiva da 5ª
Conferência Nacional das Cidades, em Brasília – DF –; s/nº, de autoria da
vereadora Séfora Mota, amanhã, no Grande Expediente em homenagem aos cem anos
de fundação do Esporte Clube São José – Zequinha –, às quatorze horas, no
Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre; e nº 012/13,
de autoria do vereador Valter Nagelstein, no dia dois de maio do corrente, na
Cerimônia de Outorga da Medalha Floriceno Paixão ao senhor Valter Ferreira da
Silva, no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, em Porto Alegre. Também, por
solicitação da vereadora Jussara Cony, o senhor Presidente registrou o
transcurso, hoje, do Dia do Taquígrafo. Ainda, por solicitação da vereadora
Sofia Cavedon, o senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do aniversário
do vereador Mauro Pinheiro. A seguir, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea
“g”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL à vereadora
Sofia Cavedon, que relatou sua participação em debates relativos à educação
realizados
em Brasília – DF. Às dezesseis horas e cinquenta e três minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e
Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/13
(Processo nº 0823/13), após ser discutido pelos vereadores Marcelo Sgarbossa e
Valter Nagelstein e encaminhado à votação pelos vereadores Sofia Cavedon,
Fernanda Melchionna, Valter Nagelstein, Pedro Ruas, Airto Ferronato, Jussara
Cony e Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/13, por trinta votos
SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas,
tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro
Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins
Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Séfora Mota, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado pela
Abstenção o vereador Dr. Thiago. Foi rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 004/13, por quinze votos SIM, onze votos
NÃO e cinco ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Professor
Garcia, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony,
Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal, votado Não os vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Professor
Garcia e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção os vereadores Delegado Cleiton,
Dr. Thiago, Luiza Neves, Márcio Bins Ely e Valter Nagelstein. Foi aprovado o
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/13, por vinte e um votos SIM,
dez votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora
Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro
Sabino, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiza Neves, Márcio Bins Ely, Mario
Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e
Waldir Canal, votado não os vereadores Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro,
Pedro Ruas, Professor Garcia e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção o vereador
Dr. Thiago, com Declaração de Voto. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
078/13 (Processo nº 1251/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores
Marcelo Sgarbossa, Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol, Valter Nagelstein,
Alberto Kopittke e Waldir Canal. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos
093 e 094/13 (Processos nos 1515 e 1539/13, respectivamente).
Em Votação, esteve o Requerimento nº 092/13 (Processo nº 1514/13), o qual teve
adiada sua votação, a Requerimento verbal, aprovado, formulado pelo vereador
Bernardino Vendruscolo. Às dezoito horas e dezoito minutos, o senhor Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Mario Fraga. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 048/13, discutido pelo vereador Elizandro
Sabino; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/13,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 056, 062, 078, 102, 108, 120,
121, 041/13, este discutido pela vereadora Sofia Cavedon, 054/13, discutido
pelo vereador Elizandro Sabino, e 076/13, discutido pelo vereador Reginaldo
Pujol, o Projeto de Resolução nº 003/13. Durante a Sessão, o vereador Reginaldo
Pujol manifestou-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a
presença, neste Plenário, do senhor Carlos
Roberto Lofego Caníbal, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul. Às
dezoito horas e quarenta e seis minutos, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo e Mario Manfro e
secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º
Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à
A Tribuna Popular de hoje tratará de
assunto relativo à importância do
serviço de auxílio emocional 24 horas realizado pelo Centro de Valorização da
Vida – CVV e à necessidade de sua manutenção. O tempo regimental de 10 minutos
para a manifestação dos representantes da Associação de Auxílio Mútuo – Assam
será dividido entre duas oradoras. Esta atividade é muito importante,
principalmente para as pessoas que sofrem de depressão e de transtornos mentais
que acabam se deparando com o risco de suicídio.
A Sra. Mara Santana, Coordenadora do
CVV, está com a palavra.
A
SRA. MARA SANTANA: Somos do Centro de Valorização da
Vida, que faz um trabalho sigiloso, gratuito e de voluntariado. O nosso
trabalho existe aqui no Brasil há 51 anos e, em Porto Alegre, há 43 anos. É uma
entidade sem fim lucrativo. Funciona 24 horas por dia e 365 dias por ano,
graças ao apoio de voluntários que trabalham gratuitamente e dedicam no mínimo
quatro horas e meia por semana para desenvolver o trabalho de apoio emocional e
prevenir o suicídio. No que diz respeito ao suicídio, vale salientar que o Rio
Grande do Sul, até o ano passado, estava no primeiro lugar no ranking em termos de número de
suicídios. Atualmente, o Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar. No nosso
Estado, conforme estatística mais atualizada, o número de suicídios vem caindo
gradativamente, mas, mesmo assim, a quantidade de suicídios é alarmante,
atingindo a média de 5 a cada 100.000 habitantes por ano. Por essa razão, o
trabalho do CVV, cujo principal foco é a prevenção do suicídio, necessita do
apoio não só do corpo de voluntários, mas da sociedade em geral, principalmente
das autoridades constituídas, como é o caso dos membros desta prestigiosa Casa.
Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Sra. Jane da Rosa está com a palavra.
A
SRA. JANE DA ROSA: Eu, como voluntária do CVV – sou
tesoureira da Assam, entidade que administra os recursos do CVV –, venho a esta
tribuna encarecer ajuda material e financeira para o desempenho da sua função,
tais como custeio da manutenção da nossa sede – água, luz, telefone, material
administrativo. Estamos enfrentando sérias dificuldades, senhores, inclusive
para divulgar o nosso trabalho junto à sociedade. A Assam possui conta no
Banrisul para a arrecadação de recursos, agência 0100, conta corrente nº
062285921. Contamos com a colaboração de todos para a continuidade desse
trabalho em prol da comunidade, principalmente na prevenção do suicídio. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Sr. Presidente; senhores e
senhoras; Vereadores e Vereadoras; companheira Carla, quero cumprimentá-los e
dizer da minha surpresa por existir essa Associação. Acho que, na verdade,
corresponde à preocupação de vocês com a divulgação, a existência do trabalho
realizado e, portanto, o apoio e suporte para que ele continue.
Quero registrar que nós, de fato,
percebemos a enorme necessidade de uma atenção especial para essas situações.
Elas estão vinculadas, muitas vezes, a diferentes situações e têm a ver também
com situações de drogadição, mas têm a ver com situações emocionais. A gente
percebe que há os nossos Caps, por exemplo, mas que não são bem isso que vocês
propõem, é algo mais psicológico, mas é uma dimensão importante. Os nossos Caps
hoje têm dificuldades, porque são públicos, de fazer um atendimento 24 horas.
Eu já recebi denúncias de meninos em surto, de pessoas que inclusive mantêm as
fazendas e, quando querem um atendimento, num sábado, num domingo, não têm um
atendimento adequado.
A discussão que tem aqui no PACS,
Postão 3, Vereador-Presidente, é que não há um atendimento específico para a
juventude; portanto, um recorte para que a juventude seja atendida
separadamente de outras situações muito mais graves. Às vezes, o jovem está
buscando um apoio, se encorajando para buscar um atendimento e chega lá, e pelo
que ele enxerga ele desiste, e perdem-se os vínculos, perdem-se os elos. Então,
parece-me que a sociedade organizar esse atendimento, pensar nele a partir de
experiências próprias e formação própria é muito positivo.
Quero colocar a nossa Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude à
disposição, para, talvez, um desdobramento desta Tribuna Popular, a fim de
pensarmos alternativas para fortalecer a entidade de vocês. Parabéns pelo
trabalho realizado.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Vereadora.
O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, quero saudar as
representantes aqui do CVV. Em nome da Bancada do Partido Trabalhista
Brasileira, integrada pelo Ver. Cassio Trogildo, Ver. Paulo Brum, Ver. Alceu
Brasinha e por este Vereador, Ver. Elizandro Sabino, quero dizer que nós
entendemos a relevância deste trabalho que faz o Centro de Valorização da Vida.
Aliás, os índices por si só já falam; embora não muito noticiada, é muito
expressiva a realidade de pessoas que se suicidam e de pessoas que estão na
iminência de cometer o suicídio. Na realidade, você olha para uma pessoa e não
percebe o estado de depressão em que ela se encontra; muitas vezes a pessoa não
busca o tratamento junto à psiquiatria, à psicologia, até mesmo porque há um
estigma com relação ao tratamento: “Eu não vou me tratar, porque vão dizer que
eu sou louco!”, quando, na realidade, o tratamento, na área da Saúde mental, é
uma medida que se impõe a pessoas que vivem numa situação de opressão, de
depressão, algo caracterizado, é claro, no Código Internacional de Doenças, o
CID.
Mas a nossa palavra aqui é no sentido
também de que vocês desempenham, na minha concepção, uma função importante – é
o que quero enaltecer nesta oportunidade –, que é o voluntariado. Quando se
fala a palavra “voluntariado”, seja para qual for o trabalho, é digno de honra,
é digno da nossa atenção, do nosso respeito e consideração. Portanto, quando
aqui foram referidas as quatro horas semanais de voluntariado, quero dizer que
quem se dispõe voluntariamente a realizar um trabalho desta magnitude deve
receber a nossa palavra de consideração e de honra. Parabéns pelo trabalho!
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Jussara Cony está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. JUSSARA CONY: Uma
boa-tarde. Eu queria, antes de mais nada, dizer da importância da participação
de vocês hoje aqui nesta Tribuna Popular. Falo em nome da nossa Bancada do
PCdoB, composta por mim e pelo Ver. João Derly. Aliás, em função de
participarmos de Comissões envolvidas com a Saúde e o Esporte, temos uma
relação bem concreta com o processo que vocês estão colocando, mas falo também,
com muita honra, em nome do nosso Ver. Paulo Brum, que é o Presidente da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, e no meu, sua Vice-Presidente. Então, já
colocando a Comissão de Saúde e Meio Ambiente à disposição, eu vi que a Ver.ª
Sofia Cavedon, com muita propriedade, colocou também a Comissão de Educação à
disposição, nós podemos trabalhar juntas, essas duas Comissões, isso só ia
acontecer dentro desta Casa.
Há pouco, falava-se da questão do
voluntariado, o que acho de uma dignidade, de uma humanidade enorme. Mas eu
queria colocar a humanização que está contida e que é um exemplo, inclusive,
para o setor público. Eu trabalho muito com o Sistema Único de Saúde, fui
Diretora do Grupo Hospitalar Conceição, onde existe esse acolhimento, essa
humanização, essa disponibilização, 24 horas, que salva vidas de doenças
patrocinadas pela própria estrutura de sociedade que nós temos.
Então, com certeza, esta Casa como um
todo é uma parceira de vocês. E quero agradecer também porque vocês trazem aqui
um olhar diferenciado contra todo e qualquer tipo de discriminação, contra
ignorar o que está acontecendo na sociedade e trazendo esse acolhimento que, sem
dúvida nenhuma, é um exemplo para contar com todos nós, ainda mais no momento
em que nós vivemos, de todo esse processo de drogadição. E não é só a
juventude, vocês sabem muito bem disso; não podemos mascarar, estigmatizar, a
droga está em todos os lugares. Tenho a absoluta convicção de que esta é uma
questão que o Estado, enquanto ente público, tem que patrocinar com políticas
públicas e acolher pessoas e entidades como a de vocês, que estão aí, muitas
vezes, fazendo o próprio papel do Estado. Obrigada por tudo que vocês fazem.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com
a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, falo em nome da Bancada
do PSD. O meu querido companheiro Tarciso, meu Líder, permitiu que eu viesse
aqui. Mara Santana e Jane da Rosa, quero cumprimentá-las pelo trabalho que
desenvolvem; e um cumprimento todo especial ao Sr. Paulo, pessoa que tem o seu
coração no CVV ao longo dos anos que vem trabalhando. Eu o conheci através de
um convite do Dr. Ivar Piazetta, que partiu, e, ao longo de muitos anos, nós
colaboramos para a manutenção da entidade, inclusive de forma monetária; só
paramos porque temos um projeto muito semelhante que, no futuro, vai, quem
sabe, buscar uma parceria com o CVV. Mas o trabalho é fantástico, e esta Casa
se presta para fazer a divulgação. Com certeza – o Presidente poderá falar mais
tarde –, esta TV, em seguida, vai ter um alcance maior e vai se prestar para
divulgar o trabalho que vocês desenvolvem. Parabéns a todos vocês do CVV.
(Não revisão pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do art.
206 do Regimento.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Sra. Mara Santana e
Sra. Jane da Rosa, quero também fazer uma saudação em nome da nossa Bancada do
PDT, que é composta pelo nosso Presidente, o Ver. Dr. Thiago, e pelos
Vereadores Nereu D’Avila, Luiza, Mario Fraga, Delegado Cleiton, Clàudio Janta e
este Vereador. Quero também nos somar às demais Bancadas que já cumprimentaram
o trabalho da CVV e o trabalho da Associação de Auxílio Mútuo – Assam e dizer
que, realmente, temos razões que nem a razão explica quando se trata de
situações que envolvem o emocional. Então, nós que temos, inclusive na família,
alguma experiência de suicídio sabemos como é dura a perda de um ente querido
por uma razão muitas vezes incompreensível. Parabéns pelo trabalho! Esperamos
poder colaborar com a causa e com a bandeira que vocês têm empunhado com
galhardia e que é muito relevante e muito importante para a nossa sociedade.
Meus cumprimentos. Fica o registro aqui do apoio da Bancada do PDT. Muito
obrigado.
(Não revisão pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu quero, em nome da Bancada do Partido
Progressista, dos Vereadores Guilherme Socias Villela, Mônica Leal e em meu
nome, dar as boas-vindas a vocês. Venho aqui divulgar esse trabalho sensacional
que faz o Centro de Valorização da Vida há tanto tempo, e é importante essa
divulgação do trabalho que vocês fazem, porque muitas pessoas não o conhecem.
Sabemos que vocês têm um trabalho de acompanhamento das pessoas deprimidas, que,
muitas vezes, desvalorizam as suas vidas e pensam até no suicídio. E,
lamentavelmente, o suicídio é um mal da nossa realidade atual. Vocês valorizam
a vida, estimulam as pessoas a viverem. Isto é extremamente importante.
Eu queria também, se for possível,
ficar sabendo se vocês têm o apoio de instituições públicas, com quem vocês têm
convênio para ajudar na manutenção. Eu sei que vocês têm muito trabalho
voluntário, mas também vocês têm custos que precisam ser suportados. Eu queria
que esta Câmara fosse informada sobre a existência de algum convênio e apoio
público sobre isso. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Antes de devolver a palavra para vocês,
eu gostaria de passar esse pequeno vídeo institucional, pois acho que ele é bem
ilustrativo e bem importante.
(Procede-se a apresentação de vídeo.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): É um vídeo bem rápido, mas que ressalta
a questão do número 141.
Antes de passar a palavra à entidade,
quero fazer referência a algo que eu acho que é muito justo e muito importante
para orientar as pessoas que estão em casa, principalmente. Muitas vezes,
podemos impedir a morte de um familiar, a morte de um amigo, de um conhecido,
perguntando se efetivamente a pessoa tem intenção de se matar. Via de regra, as
pessoas que estão nessa fase agudamente enferma pedem ajuda, e mais de 80%
afirma positivamente que quer se matar. Então, aconselhamos todas as pessoas
que têm algum ente nessa situação que possam, efetivamente, procurar ajuda
técnica, procurar ajuda de saúde de um médico, de uma psicóloga, de uma
enfermeira, enfim, de um profissional de Saúde, para poder encaminhar e ajudar
essas pessoas.
Eu quero dizer, já na frente deles,
que, para esse trabalho tão meritório que é desenvolvido por voluntários,
nenhum deles ganha nenhum real para fazer essa atividade de voluntariado por
cerca de 4 horas semanais, e acaba tendo o desgaste, toda a carga emocional de
receber esse tipo de informação. Esse trabalho não recebe nenhuma subvenção
governamental de qualquer lado, seja do Governo Municipal, Estadual ou Federal.
Então, eles vêm aqui, basicamente, pedir, em particular, a nossa ajuda, a ajuda
dos telespectadores e a nossa intermediação como Parlamentares, como Parlamento
Municipal de Porto Alegre. Desta Presidência e certamente de todos estes
Vereadores vocês têm todo o apoio. Nós vamos trabalhar no sentido de poder
ajudá-los com alguma estrutura.
A Sra. Jane da Rosa está com a palavra
para as considerações finais.
A
SRA. JANE DA ROSA: A gente só gostaria de divulgar
realmente a importância do nosso trabalho junto à comunidade e a total falta de
ajuda que estamos enfrentando neste momento. São os próprios voluntários que
contribuem para sanar todas as despesas que temos. A situação está ficando realmente
difícil. A gente quer muito que o nosso trabalho continue.
A nossa ajuda é imprescindível para a
nossa sociedade, mas realmente a gente vem a esta Casa com a esperança de
conseguir uma ajuda, enfim, alguma coisa que propicie que se faça até um trabalho
para termos mais voluntários, que possamos aprimorar mais os voluntários,
qualquer ajuda. Neste momento, precisamos de toda ajuda.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Vamos, então, iniciar a nossa
conversa. Ver.ª Jussara e Ver. Paulo Brum, esta Mesa acolhe a questão. Vamos
encaminhar o CVV também à COSMAM, para que possa ser debatido o assunto em uma
pauta, assim como, Ver.ª Sofia, encaminhar à CECE, para que efetivamente
possamos ajudá-los nesse sentido. Muito obrigado.
Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às
14h43min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 14h44min): Estão reabertos os
trabalhos.
A
Ver.ª Luiza Neves está com a palavra para um Requerimento.
A
SRA. LUIZA NEVES (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da
ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar no período de
Comunicações, uma vez que hoje homenageamos a Clínica Esperança pelos seus 16
anos e nossos convidados já se encontram no plenário.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento de autoria
da Ver.ª Luiza Neves. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje, este período é destinado a
homenagear a Clínica Esperança de Amparo à Criança, nos termos do Requerimento
nº 088/13, de autoria da Ver.ª Luiza Neves.
Convidamos para compor a Mesa: o Sr.
José Fortunati, Prefeito Municipal de Porto Alegre; a Sra. Loide Colisse,
Diretora da Clínica Esperança de Amparo à Criança; o Sr. Willis Taranger, filho
da fundadora da Clínica Esperança, Mary Taranger; o Sr. José Francisco Teixeira
Pinto, Representante do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Subchefe
Parlamentar da Casa Civil. Assistiremos agora à apresentação do coral da Clínica
Esperança.
(Procede-se à apresentação do Coral.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Muito bonito, parabéns! Parabéns,
mesmo!
A Ver.ª Luiza Neves, proponente da
homenagem, está com a palavra em Comunicações e, logo após, também falará em
Comunicação de Líder.
A
SRA. LUIZA NEVES: Sr. Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre, Ver. Dr. Thiago; Sr. Prefeito Municipal, José Fortunati; Sra.
Loide Colisse, querida Diretora da Clínica Esperança; Sr. Willis Taranger,
filho da fundadora da Clínica, que aqui representa a família; Sr. José
Francisco Teixeira Pinto, representante do Governo do Estado do Rio Grande do
Sul, Subchefe Parlamentar da Casa Civil. Também quero mencionar aqui que vocês
acabaram de ouvir o lindo coral da Clínica Esperança, cantado pelas crianças:
Carmen, Kisy, Paola – que está de aniversário hoje; Raquel, Ester, Wesley,
Marcos, Gabriela, Marcos Esmael – que também está de aniversário; e o Luiz
Guilherme, que fez aniversário no dia 2 de maio. Também estão conosco as tias:
Mara, Ana, Katia, que é Assistente Social; e tantos amigos nossos que vieram
prestigiar este momento solene neste período de Comunicações, como também a
regente do Coral, a Ana Santos Silva, a Ana Lucia Pereira e os nossos amados
amigos, colaboradores e apoiadores da Clínica Esperança.
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
público nas galerias, público que nos assiste pela TVCâmara, talvez vocês
estejam me perguntando, como vários Vereadores me perguntaram: que homenagem é
esta? Eu gostaria de falar sobre a Clínica Esperança, que abriga crianças
portadoras do vírus HIV. Muitos de vocês já conhecem a Clínica Esperança, mas
eu gostaria de contar um pouquinho da história de como ela surgiu, motivo pelo
qual faço esta homenagem quando ela comemora 16 anos de um trabalho
inteiramente gratuito de assistência a crianças e adolescentes portadores do
vírus HIV. Este abrigo foi fundado no dia 1º de maio de 1997 pela missionária
sueca Mary Taranger, ocasião em que fui convidada pela fundadora para atuar
como voluntária, o que faço até hoje com muito prazer e com muito carinho.
Quem é Mary Taranger? Uma mulher que
sempre foi reconhecida por ser empreendedora, uma mulher de garra, de coragem,
de fé, porque ela também já tinha fundado o Lar dos Meninos e das Meninas, além
de trabalhar na distribuição de alimentos, fazendo sopas nas vilas. Sabem com
que idade Mary Taranger sentiu essa vontade de fundar esta clínica para abrigar
crianças portadoras do vírus HIV? Com 70 anos! Com 70 anos, ela sentiu um forte
chamado para abrir uma clínica que abrigasse crianças, porque ela foi procurada
por uma senhora que estava em fase terminal de AIDS e que sabia que logo
morreria. Era muito difícil, e ela estava preocupada com a filha, porque nenhum
orfanato, nenhuma instituição, naquela época, aceitava crianças com o vírus
HIV. Então a Mary ficou com o coração ardendo, sentiu a necessidade de ajudar
essas crianças. Quando ela completou 80 anos, foi comemorar o seu aniversário
na Suécia, e lá um amigo seu presidente da ONG Erikshjolpen, o Tio Eurico,
perguntou o que ela gostaria de receber como presente. E ela, sem titubear,
respondeu que queria abrir uma casa, uma clínica, um abrigo que recebesse
crianças portadoras do vírus HIV. E foi assim, com a ajuda do Tio Eurico e de
vários voluntários, pessoas que começaram a visitar a Clínica Esperança, que se
formou uma rede de amigos. Hoje, é Diretora a Loide Colisse, que tomou a frente
desse trabalho tão difícil, no qual a criança se encontra em estado de
vulnerabilidade tanto emocional quanto física.
Atualmente, a Clínica abriga dezenas de
crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, alguns deficientes mentais e
outros que não apresentam problemas de saúde, mas têm em comum o fato de
necessitarem de um amparo para proporcionar esperança e um futuro melhor.
No dia 1º de maio, Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, Ver. Cecchim, no dia 1° de maio de 2013, a Clínica completou
16 anos, e, ao longo desses anos, foram atendidas muitas crianças em situações
de vulnerabilidade as mais diversas.
Enfim, tudo isso começou, Ver. Delegado
Cleiton, com um sonho de uma mulher de muita fé, a missionária Mary Taranger,
sendo que, quando ela chegou aqui, vinda da Suécia com sua família, em sua
bagagem, já trazia um desejo muito grande de ajudar o próximo. E ela conseguiu
fazer muito além do que imaginava. Ela deixou um lindo legado para todos os
brasileiros, para todos os porto-alegrenses.
Mary Taranger faleceu em 2008, mas o
seu trabalho continua através de vidas que foram salvas e da esperança que
ainda permanece em nossos corações, de todos aqueles que acreditam que, com fé,
com vontade, com disposição, com coragem, nós podemos, sim, realizar todos os
sonhos. Este trabalho não parou. Ele teve continuidade com a Diretora Loide
Colisse, seu esposo Ary e tantos outros colaboradores que estão aqui nesta
tarde, tantos apoiadores. Continuou com a inteira disposição da Loide, sua
doação, amor, dedicação, com toda a sua vida – não é, Loide? – nesses 16 anos
dedicados a essa obra que reconhecemos hoje ser um chamamento divino, porque,
em meio a tantos reveses do nosso dia a dia, ainda encontramos pessoas
vocacionadas, chamadas para essa missão de amar e ajudar o próximo.
A Clínica Esperança precisa ser mais
apoiada, reconhecida e ajudada. E a minha homenagem, nesta tarde, mais do que
uma homenagem para clínica, é para fazer um chamamento, Srs. Vereadores. Eu sei
que há muitos Vereadores que conhecem e ajudam a Clínica. O Ver. Valter
Nagelstein, o Ver. Brasinha, que lá estiveram, já colaboraram – isso me é
relatado pela Diretora Loide. Então, quero aqui fazer um apelo de que os
Vereadores procurem conhecer, para que a sociedade porto-alegrense procure
saber quem é a Clínica Esperança e procurem ajudar, fazer o que for preciso
para que esse trabalho não pare. A Clínica cresceu, hoje ela tem um grande
estabelecimento, hoje ela tem uma área grande, e, por tudo isso, queridos
Vereadores, queridas Vereadoras, fica aqui a minha homenagem. Eu quero dizer:
parabéns, Clínica...
O
Sr. Valter Nagelstein: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Minha estimada Vereadora Luiza Neves, agradeço pelo
aparte. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Saúdo especialmente
cada um dos colaboradores da Clínica Esperança e as crianças que aqui estão,
que tornam, Vereadora, a sua lembrança e a nossa tarde muito mais bonitas.
Vereador-Presidente, quero dizer que realmente a Clínica resume aquilo que deve
ser o sentimento de nós todos em relação à própria humanidade: esperança,
esperança que se renova quando nós observamos o trabalho que lá é feito. Há alguns
anos, eu pude conhecer e não deixo de me emocionar a cada vez que vou lá, de me
emocionar com a semente de Deus que me parece que brilha dentro de cada um
quando caminha no sentido daquilo que o Criador espera de nós, que é esse
carinho e esse amor ao próximo; é estender a mão a crianças que, até de forma
irresponsável, foram abandonadas pelos pais, que infelizmente padecem de uma
enfermidade que hoje não é mais um decreto de morte, pois há tratamento e é
possível ser controlada, mas esse controle só se estabelece quando se tem
carinho, se tem afeto e se tem isso que o próprio nome da instituição traz
consigo, que é esperança.
Quero cumprimentar a Direção, cada uma
das pessoas que lá se dedicam e cumprimentar especialmente V. Exa. por trazer a
instituição para cá e fazer este chamamento aos Vereadores para que a possamos
conhecer, pois de fato é uma das experiências mais bonitas e um dos trabalhos
mais bonitos que sei que existe na nossa Porto Alegre. Parabéns, que Deus
continue iluminando vocês nesse trabalho tão lindo. (Palmas.)
A
SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Valter Nagelstein.
O
Sr. Elizandro Sabino: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Queremos nos associar à homenagem saudando a Mesa –
o Presidente, Dr. Thiago; Sr. Prefeito José Fortunati, Sr. Willis Taranger,
nosso amigo, Sra. Loide, Sr. José Francisco. Também quero fazer referência à
fundação da Clínica Esperança, na pessoa do nosso Pastor missionário Nils
Taranger e da Irmã Mary Taranger, que são os pais do nosso querido Willis
Taranger. É uma linda história. Quando, em 1958, tiveram sua residência
arrombada, o Pastor Nils Taranger foi até a delegacia para as providências
cabíveis. Naquela ocasião, quando descia as escadas da delegacia após o
registro, após as providências, e tendo ciência de que quem havia invadido sua
casa eram adolescentes, caiu em seu coração o desejo um trabalho voltado a
crianças e adolescentes.
Portanto, Sr. Presidente, Vereadora
proponente, queremos aqui também registrar que a mantenedora dessa instituição
é a Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Quero trazer aqui nossa reverência ao
Sr. Ubiratan Baptista Job, Pastor-Presidente, que é o Vice-Presidente Nacional,
e saudar o corpo funcional que aqui está presente na pessoa da Ana Maria dos
Santos Silva, cumprimentar as crianças que aqui já cantaram, já louvaram ao
Senhor, e finalizar dizendo que a criança é a prioridade absoluta. Nós temos
aqui a presença do nosso Prefeito, que, já por algumas vezes, em anos
subsequentes, é o Prefeito Criança, destacado em todo território nacional pela
visão e pelo trabalho que tem na área da infância e da juventude. Portanto,
parabenizando a Vereadora proponente, parabenizando a Mesa, o nosso Prefeito,
pois sua presença aqui destaca a sua atenção e reitera seu compromisso com a
infância e com a juventude. Muito obrigado. (Palmas.)
O
Sr. Mario Fraga: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Ver. Luiza Neves, Sr. Presidente da Casa, Prefeito
Fortunati, demais convidados, venho, em nome da Bancada do PDT, através do
Líder Márcio Bins Ely, dar os parabéns por essa proposição de homenagear a
Clínica Esperança. Também quero
dizer que o nosso Prefeito tem feito um bom trabalho, mas este Vereador tem um
trabalho especial devido ao fato de meu irmão ser Conselheiro Tutelar pelo
terceiro mandato, dois consecutivos, e então nós temos esse carinho todo. Nós
temos feito um excelente trabalho conjunto. Eu queria me colocar à disposição
para participar e ajudar nos próximos eventos da Clínica. Parabéns por esta
iniciativa, porque, sempre que uma instituição como esta é homenageada nesta
Casa, outros Vereadores, outras pessoas ficam sabendo do seu trabalho e podem,
assim, ajudar. Mais uma vez, Ver.ª Luiza Neves, parabéns! Muito obrigado.
A
SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Mario Fraga.
O
Sr. Airto Ferronato: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza, quero trazer aqui um abraço a Vossa
Excelência; um abraço ao nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago; ao Prefeito
Fortunati; aos componentes da Mesa; dizer da importância deste ato. Quero
também, inicialmente, cumprimentar os nossos jovens cantores pela bela
apresentação que fizeram. Eu estava prestando atenção e vi que, além da
juventude e das crianças cantando, também muitos adultos acompanhavam esse belo
hino, que é um hino religioso e interessante.
Para nós, da Câmara, momentos de
reflexão neste sentido sempre são positivos. Por isso estamos juntos. Parabéns
à senhora, parabéns à Clínica, aos seus comandantes! A Câmara está contente
pela presença das senhoras, dos senhores e, muito especialmente, da nossa
juventude de cantores. Um abraço! Obrigado. (Palmas.)
A
SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Ferronato.
A
Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza, cumprimentando o nosso Prefeito
Municipal, cumprimento a Direção da Clínica Esperança, as crianças, as
educadoras e a ti, Luiza. Quero dizer que esse trabalho social, essa rede
social que há em Porto Alegre e que hoje são mais de 500 instituições, e o
Prefeito sabe disso – ontem eu ouvia depoimentos da situação das crianças em
Buenos Aires, situações de rua que a gente vivia há uns 20 anos, seriíssima –,
uma rede em que se foi apostando uma Parceria Público-Privada ou
público-comunitária que foi se alargando, que foi cobrindo a Cidade inteira,
com bastante sacrifício das entidades. Hoje isso faz com que possamos respirar
um pouquinho mais aliviados com a nossa infância, pelo menos numa situação mais
aguda. Então, quero homenagear cada uma das iniciativas, em especial a iniciativa
desta entidade que leva o nome da esperança. Para nós, esperança é, hoje, as
crianças serem felizes, bem cuidadas, se desenvolverem plenamente. Então,
Luiza, parabéns por trazer aqui esse trabalho e essa rede que é tão fundamental
para a infância em Porto Alegre.
A
SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver.ª Sofia Cavedon.
O
Sr. João Derly: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento da oradora.) Boa-tarde, Ver.ª Luiza Neves; Sr. Prefeito
Fortunati; Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago. Sr. Willis Taranger, eu acompanhava
o senhor pelo rádio quando era mais novo, há alguns anos, é tão bom vê-lo; Sra.
Loide Colisse, Diretora da Clínica Esperança; Sr. José Francisco Pereira Pinto,
Subchefe Parlamentar da Casa Civil; demais componentes da Mesa, fico feliz por
esta homenagem, Vereadora, à Clínica Esperança. Também conheço o Lar Esperança,
sei do trabalho que fazem com as crianças – cumprimento o coral também –
ocupando o seu tempo com coisas boas e sadias. Isso faz com que a nossa
juventude cresça e amadureça para, no futuro, se tornarem pessoas dignas na
nossa sociedade, para que possamos fazer essa sociedade ainda melhor. Então,
parabéns, Willis, por estar tocando esse trabalho. Represento a Bancada da
PCdoB, junto com a Ver.ª Jussara Cony. Muito obrigado.
A
SRA. LUIZA NEVES: Obrigado, Ver. João Derly e todos os
Vereadores que aqui se posicionaram. Gostaria de dizer que esta tarde, mais do
que uma homenagem, é uma reflexão de um trabalho sério, de um trabalho com
muito afinco, com muita dedicação. E, mais uma vez, parabéns a todos vocês que
vieram aqui nesta tarde, porque, acima de qualquer coisa, vocês são amigos,
irmãos, parceiros, colaboradores. Vocês, crianças e adolescentes que estão
aqui, vocês estão aqui porque têm um futuro melhor pela frente, vocês estão num
lugar adequado, num lugar que tem se preocupado com vocês. Parabéns à Clínica,
parabéns, Loide, parabéns, Porto Alegre, parabéns, família Taranger, pelos 16
anos! O Prefeito Fortunati já conhece esse trabalho, já conhece a Clínica. No
ano passado, a Clínica recebeu a medalha Cidade de Porto Alegre, e eu acho que,
todos anos, ela vai continuar sendo homenageada pelo excelente trabalho. Loide,
que Deus te abençoe, que tu continues tendo força, saúde, garra e coragem para
levar esse trabalho...
(Som cortado automaticamente por
limitação de tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Sr. Prefeito José Fortunati está com
a palavra.
O
SR. JOSÉ FORTUNATI: Meu caro Presidente, Ver. Thiago, é
sempre uma imensa alegria retornar a esta Casa que representa a pluralidade da
representação da cidade de Porto Alegre, com Partidos extremamente atuantes
cumprindo o seu papel, zelando, naturalmente, por uma Cidade com melhor
qualidade de vida. Quero cumprimentar a minha querida amiga Ver.ª Luiza Neves pela
bela iniciativa; cumprimentar o coral da Clínica, que deu uma bela demonstração
de como é possível agregar um trabalho social com o lado cultural, com a
música; cumprimentar a Loide pelo excelente trabalho; o Willis, que representa
aqui esta história, a trajetória da própria Clínica. Sinto-me muito feliz em
poder partilhar deste momento com a Câmara Municipal de Vereadores, porque, ao
homenagearmos a Clínica Esperança, nós estamos homenageando todos aqueles que,
de uma forma ou de outra, têm os seus olhos, seu coração, sua vontade voltados
para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Felizmente, a partir do ECA, o Estatuto
da Criança e do Adolescente, meu caro ex-Prefeito Guilherme Sociais Villela, o
olhar da sociedade sobre crianças e adolescentes passou a ser exatamente outro.
Até aquela data, nós tínhamos o famigerado Código de Menores, e, a partir da
ruptura do Código de Menores, passamos a olhar as crianças e os adolescentes
com o olhar do nosso coração, e não com o olhar policialesco, no mal sentido da
palavra, como se olhava antigamente. Porto Alegre, e muito bem destacou a Ver.ª
Sofia Cavedon, tem-se destacado pelas políticas públicas voltadas para as
crianças e adolescentes. Lá em 1998, a Fundação Abrinq, Professor Garcia,
instituiu o Prêmio inicialmente chamado Prefeito Criança, hoje denominado
Prefeito Amigo da Criança, e, desde a sua primeira edição, a cidade de Porto
Alegre sempre recebeu esse prêmio, e voltamos a recebê-lo, com méritos, em
2012. Não se trata simplesmente de um prêmio dado à Prefeitura Municipal de
Porto Alegre; é importante aqui lembrarmos, com muita propriedade, que esse
prêmio é um reconhecimento por todo o esforço, toda a estrutura, toda a rede
social criada em Porto Alegre que vem possibilitando um olhar diferenciado para
a criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade.
Lembro aqui o Fórum Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, formado, Ver.ª Séfora, por mais de 500
entidades; lembro aqui o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, sempre vigilante, sempre ciente e, principalmente, propondo
políticas públicas de forma adequada para a nossa juventude. Lembro aqui os
Conselhos Tutelares, tão importantes, tão decisivos na nossa Cidade. Lembro,
enfim, toda uma postura diferenciada que a Cidade vem tendo ao longo do tempo
com as crianças e os adolescentes. Muito bem lembrou meu querido Vereador
Elizandro Sabino que os Conselhos Tutelares têm realizado um trabalho
extremamente profícuo, propositivo e integrador. Não tenho dúvidas de que, ao
longo desse período, minha querida Ver.ª Jussara Cony, o que tem feito a
diferença é estarmos todos abraçados e com o olhar atento, voltado exatamente
para tratar de uma forma mais adequada a criança e o adolescente, minha querida
Ver.ª Mônica Leal. É dessa forma que Porto Alegre quer continuar trabalhando
com a criança e com o adolescente.
Por isso, fiz questão de vir, nesta
tarde, trazer o meu afeto, o meu abraço para a Clínica Esperança, deixando
muito claro que, do ponto de vista do Executivo Municipal, nós queremos
continuar emparceirados com esta Casa, para que possamos continuar construindo,
em conjunto, políticas públicas ousadas, contundentes, para que a criança e o
adolescente de Porto Alegre em situação de vulnerabilidade social possam
continuar tendo o mesmo carinho, o mesmo afeto, o mesmo tratamento social e
educacional, aquilo que marca Porto Alegre como a Cidade que realmente tem um
olhar diferenciado para com a criança e o adolescente em situação de
vulnerabilidade.
Parabéns, minha querida Luiza Neves,
pela iniciativa! Parabéns à Clínica Esperança! Que Deus continue nos
abençoando! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Sr. Prefeito.
Convido a Ver.ª Luiza Neves para fazer
a entrega do Diploma alusivo ao evento.
(A Ver.ª Luiza Neves
procede à entrega do Diploma à Sra. Loide Colisse.) (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Sra. Loide Colisse, Diretora da
Clínica Esperança de Amparo à Criança, está com a palavra.
A
SRA. LOIDE COLISSE: Sr. Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre, Ver. Dr. Thiago; Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. José
Fortunati; Sr. Willis Taranger, filho da fundadora da Clínica Esperança, Sra.
Mary Taranger; Sr. José Francisco Teixeira Pinto, representante do Governo do
Estado do Rio Grande do Sul, Subchefe Parlamentar da Casa Civil; eu cumprimento
todos os presentes. Em nome da Diretoria, das crianças da Clínica Esperança e
da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na Direção do Pastor Ubiratan Batista
Job, agradecemos ao Prefeito desta Cidade por abrir um espaço na sua agenda. Eu
sei que é bastante movimentada, principalmente numa segunda-feira, mas ele
abriu um espaço e está aqui para nos ajudar, eu penso assim, porque a sua
pessoa é de muita importância na cidade de Porto Alegre, e ele se faz presente
nesta homenagem. Agradecemos à Ver.ª Luiza Neves pela proposição desta
homenagem; a Ver.ª Luiza é nossa parceira desde a fundação da Clínica
Esperança, eu creio que ela começou primeiro que eu, porque ela já começou no
início, bem no início do trabalho, e ela tem sido uma companheira; agradecemos
aos Srs. Vereadores que aqui estão presentes, que fazem parte desta homenagem.
Nós temos alguns Vereadores que nos
visitam e nos ajudam, o que é algo muito bom para nós. O Ver. Valter, de vez em
quando, chega por ali para alegrar a casa; o Ver. Brasinha se faz presente ali,
também ajudando. Então, este é um agradecimento que nós trazemos aqui em nome
da direção.
Nesses 16 anos de caminhada, nós temos atendido
um número importante de crianças. A Clínica é o lar temporário de algumas
crianças, pois a maioria é adotada, mas algumas crianças cresceram ali e ainda
estão conosco. Agradecemos a Deus por isso, porque nós temos um trabalho muito
grande de adoção através do Juizado da Infância e da Juventude. Temos o abrigo,
que foi construído a partir do ano de 2006, através de doações.
Os nossos principais doadores: Bill
Gates – recebemos essa ajuda através de um prêmio; Gerdau, que ainda continua
nos ajudando; Igreja Assembleia de Deus da Suécia, cuja fundadora, a Irmã Mary
Taranger, era representante nessa cidade e fazia parte daquele trabalho lá;
temos também a nossa amiga Léa, que, através de jantares, ajudou também na
construção desse trabalho. Há um ano, conseguimos, através de um convênio com a
FASC, duas Casas Lares para oito crianças cada uma. Nessas casas, estão as
crianças que cresceram na Clínica Esperança; precisávamos abrigá-las, porque
fazem parte do nosso trabalho, fazem parte da nossa vida. Então, nessas casas
estão as 16 crianças que cresceram e ainda se encontram conosco. A Clínica
Esperança é mantida por um convênio com a FASC, o qual conseguimos através do
Presidente e Vereador Kevin Krieger, que também é um amigo, e através da
Assembleia de Deus da Suécia e de doadores da cidade de Porto Alegre.
Nossa equipe de trabalho é feliz pela
oportunidade de cuidar de crianças necessitadas, com problemas. Cuidamos dos
nossos pequenos e também dos adolescentes. Temos sempre muitos bebês. Às vezes,
o trabalho se torna difícil por termos conosco também crianças especiais. Isso
toca muito o nosso coração, mas, a cada dia, com cada abraço e com cada sorriso
dessas crianças, somos recompensados. É muito lindo vermos a alegria e a
felicidade que eles têm em nos receber.
Temos, em nossa Cidade, pessoas de
coração bondoso que sustentam esse trabalho, que cuidam dessas crianças na
parte da alimentação, do vestuário, dos calçados, da medicação; das festas de
Natal, Páscoa, Dia da Criança e de aniversário – cada um deles tem a sua festa
de aniversário. Não podemos nos esquecer também do Grupo Hospitalar Conceição,
que é nosso parceiro, com atendimento especial à saúde das nossas crianças.
Conseguimos isso no início do trabalho, através do nosso grande amigo não mais
presente Eliseu Santos. Ele nos abriu essa porta e, até hoje, temos essa ajuda.
Temos, ali, um médico infectologista maravilhoso, Dr. Edmundo, que está sempre
pronto a atender as nossas crianças.
Como já foi falado, necessitamos da
ajuda de todos vocês, porque estamos cuidando das crianças da cidade de Porto
Alegre – não são de outro lugar, e sim da nossa Cidade. São crianças que
estariam na rua, vivendo debaixo de pontes, com tanta tristeza no coração, como
muitas que já recebemos, mas agora elas têm um abrigo. E nós temos visto, como
também já foi falado, que a nossa Cidade não tem mais aquele número expressivo,
tão grande de crianças andando de um lado para o outro nesta Cidade que é tão
linda, nossa cidade de Porto Alegre.
Fica aqui o nosso profundo agradecimento
por esta homenagem ao Vereador-Presidente, Dr. Thiago, o nosso profundo
agradecimento ao nosso Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. Temos nele
também um amigo sempre pronto para ouvir – ele é assim. E temos também um
profundo agradecimento pela presença do Willis Taranger e da Ana Taranger,
filhos da nossa fundadora, a Irmã Mary Taranger, missionária que trabalhou
muito pelas crianças desta Cidade. Ela começou muito cedo e trabalhou até o
final. Então o nosso agradecimento a todos vocês que estão aqui; à nossa
querida Ver.ª Luiza Neves, porque, realmente, ela ama esse trabalho da Clínica
Esperança e ama o trabalho com as crianças. Que Deus abençoe todos vocês! Que
Deus abençoe os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras desta Câmara, que sempre tenham
força para lutar pelo povo desta Cidade, pelas crianças desta Cidade! Deus
abençoe o nosso Prefeito no seu trabalho árduo! E não é fácil, sabemos, mas que
Deus abençoe o senhor a cada dia; que tenha nova força, novo ânimo e muita
sabedoria vinda de Deus. Que Deus abençoe o nosso Presidente da Câmara, Ver.
Dr. Thiago! Que o senhor seja abençoado na direção desse trabalho, cada dia,
com muita sabedoria da sua parte para com o povo! E o nosso companheiro do
Governo Estadual, que o senhor seja abençoado por Deus! A todos vocês, nós
desejamos isso profundamente, porque o nosso lema na Clínica Esperança é fazer
a vontade do nosso Deus, e a vontade do nosso Deus é cuidar das crianças,
porque a Bíblia Sagrada diz que Deus é o Pai do órfão. Deus abençoe todos! E muito
obrigada, em nome da Diretoria, novamente, em nome das nossas crianças. Muito
obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Sra. Loide, quero lhe dar os parabéns
pelo trabalho e dizer-lhe que, efetivamente, esses problemas vinculados à
saúde, realmente, como médico, como pessoa humana, nos sensibilizam bastante.
Tenho certeza de que o que esses Vereadores falaram foi de profundo coração, e
a Cidade se manifesta dessa forma. E, como diria um grande Líder trabalhista: “Privilégio,
somente para as crianças”.
Parabéns pelo trabalho, e pode contar
com esta Colenda Casa. Muito obrigado. (Palmas.)
Encerro a homenagem proposta pela Ver.ª
Luiza. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h31min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h34min): Estão
reabertos os trabalhos.
Solicito que o Ver.
Mario Manfro assuma a presidência dos trabalhos.
Solicito
que o Ver. Bernardino e o Ver. Guilherme Socias Villela me acompanhem na visita
com o Conselho dos Cidadãos Honorários, porque nos aguardam para verificar a
questão vinculada à Direção Legislativa.
A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra
em Tempo Especial.
A
SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, eu gostaria de relatar minha atividade de representação desta
Câmara Municipal em atividades em Brasília nos dias 9 e 11 de abril de 2013.
Primeiro, eu gostaria de dizer que participamos de uma reunião importante na
Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres junto com a
Coordenadora-Geral de Diversidade e junto com a responsável pela Organização do
Conselho Nacional de Políticas para as Mulheres. Na pauta, estava exatamente o
Projeto da Bancada do PCdoB, Bancada do Ver. João Derly e desta Vereadora,
sobre a inclusão do tema da Lei Maria da Penha nos currículos escolares, que
está tramitando nesta Casa. Faço questão de dizer aos Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras porque é um Projeto que está aqui tramitando e foi destaque a
apresentação desse Projeto. Nas conversas que tivemos na Secretária Nacional de
Políticas para as Mulheres, foi-nos dito que esse Projeto pode servir de
exemplo para os Municípios não só do Rio Grande do Sul, mas do Brasil; é um
projeto de inclusão da Lei Maria da Penha nos currículos escolares. Inclusive
fomos convidados para participar, Ver.ª Sofia Cavedon – V. Exa., que é a nossa
Presidente da Comissão de Educação –, no 2º Conae, no sentido de levar para o
2º Conae a abordagem da Lei Maria da Penha, da inclusão deste projeto na área
educacional para que nós possamos enfrentar o combate desde cedo, na educação
contra a violência contra as mulheres.
Também participamos – aí representando
a nossa Comissão de Saúde e Meio Ambiente – de todo o processo da caminhada do
Movimento Saúde Mais Dez, participamos de todos os momentos. São os 10% da
Receita Tributária Líquida da União para a Saúde, e havia cerca de dois mil
participantes, lideranças de Saúde de todo o Brasil. Durante o ato, ficou muito
clara a importância do que levamos daqui como proposta, de incluírem-se os 10%
da União nos espaços nas Câmaras Municipais de todo o Brasil - já assumido pela
União dos Vereadores do Brasil - para a coleta de assinaturas pelos 10% da
Receita Tributária Líquida para a Saúde, os 10% da União, já que nós temos os
Municípios e o Estado determinados em uma PEC pelo Congresso Nacional, e a
União não foi determinada nessa PEC. Esse movimento é um movimento muito
importante, porque é 1,5 milhão de assinaturas por um Projeto de iniciativa
popular. Então, lá houve uma grande recepção à nossa proposta de que as câmaras
municipais sejam receptivas à coleta de assinaturas para que a União destine
10% para a Saúde no nosso País.
No Ministério do Meio Ambiente, tivemos
uma reunião com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas, levando também a
pauta de um Projeto de Lei que aprovamos na Assembleia Legislativa quando eu
era Deputada, é política nacional do Governo Federal. Nessa Casa, também
tramita a política de plantas medicinais e de fitoterápicos, tratando da
questão das plantas medicinais de forma transversal, com políticas com essa
visão republicana. Nós podemos ter, com a aprovação desse projeto, a primeira
cidade do Brasil em política nacional, estadual e municipal de plantas
medicinais e fitoterápicas a partir da porta de entrada do nosso Sistema Único
de Saúde.
(O Ver. Mario Manfro assume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A
Ver.ª Jussara Cony prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em
Comunicação de Líder.
A
SRA. JUSSARA CONY: Também estivemos com a Coordenadoria
no Ministério da Saúde, no Departamento de Assistência Farmacêutica, que é o
responsável, por meio da Coordenadora do Programa de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos, da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, do Ministério da Saúde. Abordamos a apresentação do Projeto e
tivemos a feliz notícia de que, em duas iniciativas nossas – então como
Deputada Estadual e também como Diretora do Conceição e depois como Secretária
de Meio Ambiente –, nós já estamos com dois arranjos produtivos locais – na
cidade de Nova Petrópolis, na cidade de Panambi – já sendo estimulados e
trabalhados com aporte de recursos do Ministério da Saúde para que nós tenhamos
essa cadeia produtiva das plantas medicinais no nosso Estado.
Também lembramos, durante essa reunião,
a articulação feita no Fórum Social Temático com o Oded Grajew, que é o idealizador do movimento Nossa São Paulo e do
programa Cidades Sustentáveis, a apresentação do PL que cria o Conselho
Municipal das Cidades na cidade de Porto Alegre dentro dessa perspectiva de
cidade sustentável.
Também no Ministério da Saúde, agora na
Secretaria
de Gestão Estratégica e Participativa, com a Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa...
Porque o SUS é isso, é o controle social, é a participação da população. Eu
quero cumprimentar o nosso Ver. Paulo Brum, Presidente da Comissão, pelo
trabalho que está coordenando nessa participação popular em todos os momentos
da nossa Comissão de Saúde e Meio Ambiente, exatamente buscando implantar o
Sistema Único de Saúde. Quero agradecer, Vereador, pela confiança que o senhor
sempre tem depositado nos seus Vereadores, todos os Vereadores que lá estão
trabalhando. Há pouco, trabalhávamos uma pauta importantíssima dos cirurgiões-dentistas,
levada pelo Ver. Mario Manfro, em cujo trabalho, realizado na nossa Comissão,
tivemos êxito.
Então, nós
trabalhamos também a relação dessa Secretaria com os arranjos produtivos
locais, buscando a transversalidade de todas as políticas de Saúde e Meio
Ambiente. Também trabalhamos lá o significado da proposta de promovermos,
dentro do Seminário “Saúde, um bem que se quer”, já em agenda, a temática da
saúde da população LGBT, bem como a construção de comitês de saúde LGBT no Rio
Grande do Sul. Esses comitês são estratégicos, são importantes, nos Municípios,
para o cuidado da saúde de uma população que tem a necessidade de uma porta de
entrada diferenciada em função da sua orientação sexual. Eu acho que esses são
avanços significativos, são conquistas da população.
No Ministério
dos Esportes, fomos recebidos pelo Sr. João Luiz dos Santos, Chefe de Gabinete
do Ministro, e pelo Sr. Vicente Neto, Secretário Nacional de Esporte Educação,
Lazer e Inclusão Social. A pauta era exatamente nós trabalharmos esporte,
cultura e saúde através da perspectiva de pontos de cultura e esporte – e,
depois, também fomos ao Ministério da Cultura – para contribuir para a saúde da
população. Sugeri ao Secretário que elaboremos projetos para cada uma das 17
Regiões da cidade de Porto Alegre. Isso é aporte de recursos para a Prefeitura
Municipal, inclusive, recursos do Ministério dos Esportes para que tenhamos
espaços multidisciplinares próximos aos equipamentos de saúde, podendo iniciar
com espaços em que teríamos saúde, cultura, esporte e lazer como uma forma,
inclusive, de trazer o lúdico para a Saúde. É a Saúde para além do biológico; a
Cultura para além do espetáculo; o Esporte para além do espetáculo como formas
transversais na garantia de saúde da população. Foi muito bem aceita
também essa nossa proposição. Muitas vezes, uma cidade chega e faz com que os
ministérios como um todo entendam as propostas da cidade; porque é aqui que as
pessoas vivem, é aqui que nós moramos, é aqui que nós precisamos de políticas
públicas que façam as transversalidades necessárias para garantir, no caso, a
saúde da população.
Ver. Cleiton, eu tenho o enorme prazer
de finalizar me dirigindo a V. Exa., por toda aquela iniciativa das oito
Vereadores e de V. Exa. no Presídio Central. A nossa proposta de viabilizarmos
um projeto de políticas e ações junto ao sistema prisional foi recebida pelo
Ministério da Cultura, sob ponto de vista de pontos de cultura e de dinamização
cultural dentro dos presídios, como uma experiência inovadora. E quero lhe
dizer que, com certeza, nós seremos vencedores na apresentação de projetos como
esse. E eu quero contar com a sua presença no momento em que nós voltarmos ao
Ministério da Cultura, exatamente por V. Exa. ter sido, junto com as
Vereadoras, o idealizador e por ter aberto aquela porta importante, onde já
estamos trabalhando para levar a cultura; também para aquelas mulheres que lá
estão, sob o ponto de vista de portas abertas à liberdade cultural, numa
perspectiva inclusive de ter outra dinâmica que, sem dúvida, ajudará a política
que o Estado do Rio Grande do Sul, o Governo Tarso, está levando com muita
consciência, com muita propriedade, de ter um outro olhar, um olhar
diferenciado como V. Exa. tem para o sistema prisional.
Então, era esse o relatório. E eu falei
com alguns Vereadores, me dirigi a V. Exa. neste momento e também à própria
Prefeitura Municipal porque é um trabalho conjunto, com essa visão republicana,
de União, Estado e Município, em benefício do Município de Porto Alegre e das
pessoas que aqui vivem. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra em Comunicações.
O
SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, neste momento, queremos
fazer referência ao tema do combate à violência e à exploração sexual que já
tem sido o tema de preparação para a Copa do Mundo aqui no Rio Grande do Sul.
Esta pauta foi estabelecida de forma muito contundente e presente,
especialmente aqui para Porto Alegre.
Como Presidente da Frente Parlamentar
em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente estaremos na próxima semana,
junto com o Conselho Tutelar de Porto Alegre, Ver.ª Any, estabelecendo um
diálogo a respeito deste tema tão importante. Afinal, aqui no Estado do Rio
Grande do Sul, nós já temos ações que visam à Copa do Mundo, especialmente
junto àqueles que atuam junto ao tema de defesa dos direitos da criança e do
adolescente. Estes operadores, os conselheiros tutelares, o Conselho de
Direitos, as fundações estaremos juntos à Frente Parlamentar trabalhando
especialmente nesse tema. A Secretaria de Justiça pretende intensificar o
combate à exploração sexual nas fronteiras. Este tem sido um tema que nos têm
trazido a esta tribuna para salientar, destacar e reiterar que na semana que
vem estaremos, junto com o Conselho Tutelar de Porto Alegre, que já está se
preparando para as atividades da Copa do Mundo, em ações de combate à
exploração e à violência sexual que envolvam crianças e adolescentes.
Na realidade, nós temos situações
pontuais em Porto Alegre – podemos elencar algumas delas como ali na Av.
Guaíba, no Porto Seco, na Vila Dique – focos que precisam ser combatidos,
precisam de um olhar especial, inclusive de ações intercaladas das delegacias
especializadas da criança e do adolescente, dos conselhos tutelares, e, claro,
da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente desta
Casa, da qual sou Presidente tendo como Vice-Presidente o Ver. Paulinho
Motorista. Nós estaremos alavancando este debate para que o grupo que opera na
vanguarda da defesa da criança e do adolescente possam estar cada vez mais
capacitados. E a boa notícia é que os conselheiros tutelares que estão no
exercício do mandato aqui na cidade de Porto Alegre já estão preocupados com a
Copa do Mundo, no sentido de estarem preparados para ações nesse sentido.
O
Sr. Alberto Kopittke: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Sabino, venho aqui apenas lhe transmitir os
cumprimentos pela iniciativa, por se somar a este importante tema, e dizer que
este pode ser um dos legados mais importantes da Copa do Mundo, que é Porto
Alegre aprofundar, fortalecer a sua rede de proteção à criança e ao adolescente
e de combate à exploração de menores. Então, cumprimento V. Exa. por essa
iniciativa, que, com certeza, toda a Cidade, atenta, apoiará.
O
SR. ELIZANDRO SABINO: Muito obrigado, Ver. Kopittke, pelo
aparte, reiterando a importância deste tema tão saliente, hoje, que estamos
tratando na cidade de Porto Alegre.
A
Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Primeiro, quero cumprimentá-lo. Em segundo lugar,
quero dizer que voltar 30 anos depois para esta Câmara é um outro tipo de
desafio, porque 30 anos na história de um país, de uma cidade, fazem uma grande
diferença. Conseguir ver dentro desta Câmara unidade de ação em torno de temas
tão importantes no sentido da humanização, no sentido dos direitos e no sentido
de formarmos gerações para a construção de uma grande nação, para mim, é algo
muito gratificante. Parabéns, Vereador.
O
SR. ELIZANDRO SABINO: Muito obrigado, Ver.ª Jussara Cony.
Encerro as minhas palavras, agradecendo às Bancadas, aos Vereadores pelo apoio
recebido à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente, reiterando o nosso compromisso neste tema, que é o combate à
exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes. Obrigado,
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra
em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra em
Comunicações.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Mario Manfro, que preside os
trabalhos, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, venho fazer uma reflexão com os
senhores e com as senhoras. Na semana passada estive falando com o Prefeito, e
ele me disse que vai fazer o quanto antes: em agosto do ano passado nós tivemos
a oportunidade de aprovar uma lei de minha autoria que estabelece o descarte de
medicamentos vencidos em todas as farmácias de Porto Alegre. Eu sempre tenho
dito que não existe uma casa na Cidade que não tenha algum remédio vencido. As
pessoas têm dificuldade de saber onde colocar esses remédios. Normalmente,
quando é líquido, coloca-se no vaso sanitário ou na pia, e isso acaba indo para
o Guaíba, e, por mais mecanismos que existam, nós, depois, vamos beber essa
água. Há alguns exemplos em que já há alguma dificuldade, que é o caso das
mulheres em relação aos anticoncepcionais, que são eliminados através da urina,
que acaba indo para o Guaíba normalmente. Quando os demais medicamentos têm o
seu prazo de validade vencido, não temos onde colocá-los. Vão para o lixo,
acabam entrando no lençol freático, indo para o leito do rio e também
contaminando o solo. Então, essa lei veio ajudar, e muito, para que possamos
fazer a coleta.
Quando nós ingressamos com o Projeto de
Lei, uma das maiores farmácias de Porto Alegre concordou e começou, por sua
livre e espontânea vontade, a fazer o recolhimento. Depois da promulgação da
lei, hoje, algumas farmácias estão recebendo os medicamentos vencidos. E o
nosso gabinete passou a ser, agora, o disque reclamação: “Não tem uma lei sua?
Eu fui à farmácia tal, e não querem receber!” O que nos diz a Vigilância
Sanitária: “Olha, nós não recebemos porque não foi regulamentada a lei.” Então,
o que nós estamos fazendo aqui, agora, e já conversamos com o Prefeito sobre
isso, é trabalhando para que se regulamente, o quanto antes, essa lei! O
Conselho Regional de Farmácia já colocou os seus técnicos à disposição, a
Secretária da Saúde já disse que também tem técnicos, então, na realidade, está
faltando vontade política para que possamos regulamentar essa lei. Isso pode
ser feito em 15, 20 dias; é só sair o Decreto dizendo de que forma vai se dar
isso. Essa farmácia que começou a fazer por sua livre e espontânea vontade já
recebeu mais de três toneladas de medicamentos vencidos.
É claro Ver.ª Jussara, com o maior
prazer. Ainda mais para V. Exa. que atua na área, é da área. Tenho certeza de
que essa lei vem contribuir em muito. Sabemos que no Governo Federal há uma
decisão nesse sentido que ainda não saiu na sua plenitude.
A
Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Dada a importância da temática que V. Exa. traz, observo
que estamos em pleno ano da Conferência Nacional, Estadual e Municipal sobre
Meio Ambiente. A temática da Conferência é exatamente a política de resíduos
sólidos. Porto Alegre e o Rio Grande do Sul já têm um debate, há uns três ou
quatro anos, reunindo todos os profissionais dessa área da Saúde, não apenas
farmacêuticos. Há uma participação muito intensa da Federação Nacional dos
Farmacêuticos no sentido do descarte de medicamentos e a política de logística
reversa. Estou dizendo isso o cumprimentando e querendo depois conversar com V.
Exa., porque, na medida em que há o Projeto no Município, com certeza vem
contribuir e precisamos que haja esse encontro com esses profissionais que
estão elaborando uma contribuição fundamental já inclusive absorvida pelo
próprio Ministério do Meio Ambiente.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Sra. Vereadora. Tenho falado
com esses profissionais, e eles não conseguem entender por que não está sendo
agilizado, pois a regulamentação não é excludente, ou seja, se saiu outra regulamentação
maior, o que não existe é só ajustar. Volto a dizer que não há ninguém que não
tenha remédio vencido em casa e que não saiba onde o colocar.
Essa lei tem uma outra relevância
social. O que queremos é celeridade, para que, o quanto antes, o gabinete não
receba mais tanta notícia dizendo que eu fiz uma lei e que as farmácias não a
estão cumprindo. Quer dizer, ou fazemos uma lei para ser cumprida... Agora,...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: ...eu
não sou o Executivo. Quem faz a regulamentação da lei é o Executivo, mas
estamos nesse entendimento e esperamos que, o quanto antes, possamos vir aqui
dizer que todas as farmácias são obrigadas a receber remédios vencidos, o que
ajudará muito a população de nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Marcelo Sgarbossa.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Mario Manfro; colega Sgarbossa, a quem sugiro que faça
interlocução comigo já que me cedeu este espaço e que é uma pauta que V. Exa.
está acompanhando. Eu acho fundamental que a gente mantenha esse debate aqui
nesta Casa, porque, Presidente, eu questionava o Vice-Prefeito Ver. Sebastião
Melo, se o Governo não ia apresentar uma proposta alternativa para o Projeto
Usina do Gasômetro. Afinal, nós temos um acampamento da juventude colocado
nesta Casa, nós temos uma população na expectativa de flexibilidade, diálogo e
construção coletiva de saídas para a crise do corte de árvores e da
constituição do Parque, Ver. Sgarbossa. E eu não vejo o Governo fazer
movimento, a não ser se defender na Justiça, porque o Projeto está sustado por
um processo que o Ministério Público abriu, questionando a redução das áreas de
parque – grande redução da área de parque; e porque a Edvaldo já está cortando
todo o Parque Marinha, mas aqui é uma imensa rótula que não tem explicação! A
sua tese, Ver. Sgarbossa, de que, se forem abertas ruas, mais carros
aparecerão, por favor, passem no final de semana aqui para ver a quantidade,
centenas e centenas de carros tomando lugar das pessoas e estacionando na
futura rótula. Em vez de o povo estar usufruindo embaixo das árvores como era
antes, agora nós temos carros, carros e carros estacionados, Ver. Airto
Ferronato! Em função da beleza do projeto “engenheirístico”, ou arquitetônico –
não quero xingar os engenheiros, mas é um projeto, na minha opinião, obtuso,
estreito, que a Prefeitura encaminhou sem exercício de alternativas,
desconhecendo completamente a beleza que é a beira do nosso Guaíba e a demanda
que a sociedade tem para essa beira, que é a demanda do convívio, que é a
demanda da fruição, que é a demanda da cultura. Sábado, havia um show na porta da Usina, lotado de gente,
e as pessoas, Ver. Alberto Kopittke, driblando os carros para cruzar a avenida,
mães com crianças, jovens com cadeiras, com chimarrão... As pessoas não têm
onde andar, porque, agora, além dos carros, das vias e das obras, há aquela
imensidão de carros estacionados, Ver. Tarciso, o senhor, que mora aqui no
Centro da Cidade.
Então, é
um equívoco, e eu gostaria de saber se teremos reunião do Grupo de Trabalho, se
o Governo está analisando alternativas como o entrincheiramento. Eu vou voltar
ao tema do entrincheiramento da Av. Edvaldo, porque há até desenho, e quero
mostrar este desenho mais uma vez. (Mostra desenho.) Aqui está o Cais do Porto,
o Projeto Cais do Porto, aqui pertinho da Usina. A gente enxerga a Praça
Brigadeiro Sampaio, enxerga aqui os tapetes verdes que serão estendidos sobre o
shopping horizontal, baixinho,
pertinho da Usina – e faço um pouco de ironia, porque, na minha opinião, não
deveria haver shopping nem edifício
na beira do Guaíba, votamos contra e contestamos.
Muito
bem, ganharam, financiaram – dizem que será financiado –, discutiram, e o Governo está sustentando e vendendo o projeto
com rebaixamento, Ver. Alberto Kopittke! Está aqui o desenho do rebaixamento,
aqui está o verdinho por cima da Av. Presidente João Goulart, Dr. Gil. O
verdinho por cima da Av. João Goulart, rebaixamento da João Goulart! Por que a
Prefeitura não vai fazer o rebaixamento na sequência? Isso aqui é uma mentira!
Ou o Projeto Cais do Porto verdinho é uma mentira? Quem está mentindo? Quem
está intransigente e determinando o corte de árvores?
Está na
hora de a Prefeitura vir para o diálogo, este é o apelo que faço neste período
de Comunicações, Ver. Marcelo Sgarbossa. É hora de a Prefeitura vir para o
diálogo. Nós temos trocas no Meio Ambiente, nós temos crise no Meio Ambiente, o
Secretário foi preso, está respondendo... Então, a Prefeitura precisa ser
flexível e vir para o diálogo.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações,
por cedência de tempo da Ver.ª Séfora Mota.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, graças a
Deus, está tudo no seu lugar. Graças a Deus, está tudo no seu lugar. Ver.ª
Jussara Cony, eu acho que o Inter merecia ganhar o Campeonato Gaúcho. Eles
ganharam merecidamente. Está bom para o Internacional, está bom para os
colorados. Não é muita pretensão nossa ser campeão gaúcho, mas as coisas
começam a melhorar e, graças a Deus, está tudo no seu lugar.
Eu venho
a esta tribuna, Ver. Cassio, Ver. Sabino, Ver. Paulinho Brum, falar um
pouquinho das coisas que acontecem nesta Cidade. Às vezes, a gente é
massacrado, chacoteado, tachado, tudo, mas, Ver. Cecchim, é assim. O jornal
condena a gente antes de a gente ser condenado por qualquer coisa. Então, eu
faço questão de falar do meu colega, o Ver. Cassio, com quem eu sempre brinco
chamando-o de “Astrogildo”. Eu tenho orgulho de ser colega e amigo dele, e ele
é do meu Partido. Na quinta-feira, quando recebi a notícia, fiquei muito feliz
e muito satisfeito, porque ali foi demonstrado que ele realmente não tem nada a
ver com o caso. Foi um ato digno. Quando tem política no meio, todo mundo
denuncia um, o outro denuncia também, e o Cassio ficou quieto todo o tempo. Ele
não foi capaz de responder a ninguém. Isso deve engrandecê-lo. Ele ficou
tranquilo, quieto, não respondeu a ninguém. Merecidamente, ele foi absolvido.
Sexta-feira,
de manhã cedo, eu peguei os jornais para ler e fiquei muito satisfeito com a
explicação do jornal Zero Hora. Sem querer, encontrei, naquela página que todos
vocês conhecem – aquela que, quando condena a gente, ela fala, fala e fala –,
um comentário até sobre nós dois, Ver. Marcelo Sgarbossa, dos nossos projetos.
O senhor tem um projeto que é para baixar a velocidade, e eu tenho um que é
para aumentar. Mas aí eles não foram capazes de colocar uma linha dizendo que o
Ver. Cassio Trogildo tinha sido absolvido! Ela não fez isso, para a gente ver o
quanto se é importante! Às vezes, a gente está aqui sofrendo, as pessoas
pegando o pé do cidadão e, quando sai uma notícia boa, eles não falam, porque
aí não há interesse. Notícia boa não vende jornal, talvez ninguém queira ler a
página.
Então eu
quero ser solidário ao meu colega e dizer que realmente a verdade prevaleceu e
que assim seja sempre!
Também
quero falar a respeito das prisões. Eu acho interessante que, quando ocorre a
prisão de um cidadão, imediatamente querem fazer CPI. Não quero criticá-lo, mas
eu sou obrigado. Para fazer uma investigação, Dr. Thiago, tem que ser
especialista, tem que ter feito curso, tem que ter feito faculdade para
investigar. Será que um Vereador aqui entende de investigação? Quem entende de
investigação aqui é o Ver. Delegado Cleiton. Eu acho que nenhum Vereador tem a
propriedade de investigar, porque não é sua linha. Tem a Polícia Federal, tem a
Brigada Militar, tem a Polícia Civil, tem o Ministério Público. E ninguém sabe
investigar tão bem quanto a Polícia Federal! Esse menino, o Roger, eu o conheço
desde criança, fez uma faculdade intensamente, entende de investigação, é
destinado para ser investigador, Ver. Cecchim. Aí vem os Vereadores e querem
investigar. Eu costumo brincar com o meu colega Ver. Mauro Pinheiro...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ALCEU BRASINHA: ...costumo
brincar com o meu colega Ver. Mauro Pinheiro, por quem tenho admiração, e com a
Ver.ª Sofia, por quem tenho muito respeito: se tantas pessoas gostam tanto de
investigar, por que não fazem um curso de Delegado de Polícia ou de
Investigador, não é, Ver. Cecchim? Eu acho que cada um deve ir à sua linha. Eu
gosto de trabalhar pela Cidade, pela minha rua, pelo meu Bairro, mas eu não
tenho condições de investigar ninguém.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Comunicações.
O SR. DR. THIAGO:
Obrigado, Ver. Mario Manfro, na condução dos trabalhos. Eu quero utilizar estes
cinco minutos para me manifestar sobre uma atividade que nós temos realizado
aqui, algo que tem sido para mim um momento de grande aprendizado e de grande
contato com as comunidades e com as demandas que mais acabam afligindo essas
comunidades, que é o Mutirão da Cidadania. Esse evento tem ocorrido aqui no
nosso Plenário Ana Terra de 15 em 15 dias, quando são trazidas diversas
situações que realmente preocupam as comunidades, tanto questões individuais
quanto questões coletivas, as quais nós temos procurado encaminhar da melhor
forma possível.
Quero
agradecer profundamente aos secretários que têm se disponibilizado a receber
essas comunidades. Nesta última versão do Mutirão, eu tenho que fazer um
agradecimento especial, em meu nome, como Vereador, e em nome até desta Casa, a
Secretária Cleci Jurach, que acabou recebendo aqui as comunidades,
principalmente comunidades do Extremo-Sul, que lutam há muitos anos basicamente
por duas creches comunitárias lá naquela região, em que os pais acabam tendo
grande dificuldade de trabalhar, uma vez que eles não têm com quem deixar seus
filhos. E a Secretária tem tido todo o cuidado e toda a atenção com essas
comunidades que realmente têm uma dificuldade maior de acesso, inclusive, aos
serviços públicos. A Secretária Cleci veio a esta Casa Legislativa para receber
essas comunidades, esteve aqui como o Amor Exigente, Projeto de Lei do nosso
Ver. Paulinho Rubem Berta, que, infelizmente, nesta Legislatura, não teve
assento nesta Casa, e, efetivamente, o grupo tem tentando dar andamento a este
trabalho tão efetivo, filosófico até, de mudança de comportamento. E a
Secretária também teve uma atenção toda especial com o núcleo de Belém Novo, um
núcleo forjado por ex-servidores da Brigada Militar que fazem um trabalho numa
organização não governamental próxima ao Chapéu do Sol e à Ponta Grossa. É um
trabalho de extrema valia, um trabalho que linca o turno inverso à escola,
retirando jovens da rua e dando-lhes uma outra possibilidade de atendimento,
inclusive social, com a disciplina característica dos nossos brigadianos, dos
egressos da Brigada Militar. E falo isto com muita tranquilidade, porque sou um
filho de brigadiano; o meu pai, depois, Ver. Cecchim, acabou tendo a
possibilidade de estudar e ser Promotor Público, mas, quando nasci, eu era
filho de brigadiano. Então, há a disciplina, que tão bem é exercida pela
Brigada Militar, e lá eles passam essas noções reais de cidadania, de lisura no
trato da coisa pública, eles passam esses ensinamentos implícitos em
atividades, sejam elas recreativas, sejam desportivas, enfim, e é a nossa
obrigação aqui poder tentar ser facilitadores desses conveniamentos, no caso da
SMED, com essas instituições.
Então,
quero fazer aqui um agradecimento todo especial à Secretária Cleci, que se
disponibilizou a receber essas comunidades e valorizou esse trabalho, que é
muito importante.
Finalizando
o meu tempo, quero, novamente, convidar todos os Vereadores e Vereadoras de
Porto Alegre, bem como os do Interior, que já nos assistem, Ver. Cecchim, pela
TVCâmara, 64.1, canal aberto, para, no dia 27, podermos fazer a primeira Sessão
Especial da Câmara em canal aberto nesta Casa. Vai ser no dia 27, às 19h, e
esperamos que, a partir desta Casa, possamos congregar todas as Câmaras da Grande
Porto Alegre e todas as prefeituras no intuito de prestar o melhor serviço às
nossas comunidades. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Está encerrado o período de Comunicações.
O Ver.
Paulo Brum está com a palavra para um Requerimento.
O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito inversão da ordem dos trabalhos,
ingressando imediatamente na Ordem do Dia e após retornando à ordem normal, e
que o período de Grande Expediente seja transferido para uma próxima Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Paulo Brum.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com votos contrários da Ver.ª Sofia
Cavedon e do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O
Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Caro
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, no dia 5
de maio, comemora-se o Dia Nacional do Líder Comunitário e também o Dia
Estadual do Líder Comunitário. Por isso estou aqui, neste momento, trazendo a
nossa homenagem a todos e a todas que, de uma forma ou de outra, participam
diuturna e presentemente das questões das comunidades. Quero registrar a
presença do Presidente da FRACAB, Sr. Leodomar da Rosa Duarte, e também do
Vice-Presidente, Sr. Antônio Carlos Lima de Damasceno, dizendo que Porto Alegre
precisa, sim, fazer essa referência, até pela história, pelo modo como avança e
como participam as comunidades das questões do seu bairro, da sua vila, mas,
muito essencialmente, das questões relacionadas com a vida política do
Município de Porto Alegre. Se Porto Alegre é, sim, indiscutivelmente, a capital
da participação popular, nós precisamos dizer que essa construção não aconteceu
de uma hora para outra, ela não veio do nada, e simplesmente estamos aí com uma
participação intensa. Essa participação teve, nas organizações, nas
movimentações das comunidades, o grande passo para Porto Alegre ser hoje
reconhecida, em termos internacionais, como capital dessa participação.
Por isso,
nós queremos trazer a nossa saudação às pessoas que atuam, muitas delas durante
sua vida toda, na construção e participação das comunidades. E eu quero
registrar que nós, como Vereadores, nós, porto-alegrenses, nesta data em que se
comemora o Dia do Líder Comunitário, não podemos esquecer as nossas
instituições, que são tantas. E, quando se fala em instituições, nós precisamos
falar nas associações de moradores. Essas associações têm por, vamos dizer
assim, comandante maior a UAMPA, e vamos falar na FRACAB, que desde 1959 agrega
essas associações de Porto Alegre e também agrega essas entidades e associações
do Estado todo. Por isso, hoje nós estamos aqui para trazer a nossa homenagem
sincera às pessoas que lidam e lutam nesses movimentos. Mas, para trazer a
homenagem a essas pessoas das lideranças comunitárias, nós precisamos também
homenagear as nossas associações comunitárias. Homenageando as associações
comunitárias, nós queremos homenagear também a UAMPA e essencialmente a nossa
FRACAB, que está pressente conosco através da figura do seu Presidente, o Sr. Leodomar. Portanto, o nosso
abraço, o nosso fraterno e carinhoso cumprimento, dizendo da importância dessas
entidades no contexto do Estado do Rio Grande do Sul, mas, muito
principalmente, aqui na nossa cidade de Porto Alegre. Obrigado e um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Thiago reassume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo o Atestado de Comparecimento em
Audiência do Ver. Mario Manfro, na data de 2 de maio de 2013, emitido pela 1ª
Vara Cível do Foro Regional 4º Distrito.
Apregoo o Memorando, de autoria da Ver.ª Séfora
Mota, solicitando representar esta Casa no dia 7-5-2013, a partir das 14h, no
Plenário Vinte de Setembro do Palácio Farroupilha, Assembleia Legislativa. O
assunto a ser tratado é a homenagem aos 100 anos de Fundação do Esporte Clube
São José, o Zequinha.
Apregoo o Memorando nº 030/13, de autoria do Ver.
Engº Comassetto, que solicita representar esta Casa nos dias 6 e 7 de maio de
2013, das 10h às 18h, no Auditório do Ministério das Cidades, em Brasília-DF,
para participar da 7ª Reunião da Coordenação-Executiva da 5ª Conferência
Nacional das Cidades.
O Ver. Alberto Kopittke está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ALBERTO KOPITTKE: Muito boa-tarde, estimados colegas.
Nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago, aproveito para cumprimentá-lo, mais uma vez,
pela iniciativa e conquista da TV aberta aqui para a nossa TVCâmara, o que, com
certeza, vai jogar a nossa Casa num novo patamar na relação com a cidadania de
Porto Alegre e de toda a região. Saúdo aqui a minha Bancada - Ver.ª Sofia, Ver.
Mauro, Ver. Sgarbossa e o Ver. Comassetto, que se encontra no Conselho Nacional
das Cidades fazendo a sua atuação no tema da Reforma Urbana.
Eu venho aqui trazer para os amigos um
tema muito importante, porque hoje nós poderíamos estar aqui nos reunindo
diante de uma grande tragédia na Cidade. Por muito pouco – uma hora e meia –
nós não estamos aqui, hoje, discutindo a morte de, quem sabe, mais algumas
centenas de jovens, só que, desta vez, não em Santa Maria, mas a poucos metros,
a poucos quilômetros da nossa Câmara Municipal. Estou me referindo ao incêndio
da casa noturna Cabaret. Nós estamos vendo se repetirem, de forma triste, de
forma assustadora, aqui em Porto Alegre, agora, três meses depois da tragédia
da boate Kiss, os bate-bocas de costume, os empurra-empurras de
responsabilidades. Para a nossa surpresa, infelizmente, o Secretário Goulart,
que vem fazendo o seu esforço junto à Secretaria, como todos podem ver pelas
redes sociais, parou-se a dizer que aquele estabelecimento não passava de uma
pocilguinha. Para quem não sabe, pocilga é um chiqueiro.
Mas eu gostaria de saber da Administração
Municipal, porque os jovens, as mães, os pais têm o direito de saber, quantas
pocilgas estão funcionando em Porto Alegre com a autorização da Prefeitura?
Porque o Secretário tem, sim, a legitimidade, junto com a Administração
Municipal, e o dever de fazer com que pocilgas não funcionem recebendo mais de
500 jovens em uma noite. E aí eu fico com receio de que aquela operação feita,
logo depois da tragédia da boate Kiss, não tenha passado de uma ação de marketing, de resposta imediatista,
porque na verdade não se fez o que tinha que se fazer, que era articular todos
os órgãos. Não dá para nós, depois de uma tragédia, voltar para um jogo de
empurra-empurra, como se viu em Santa Maria. E o Secretário já disse que não
sabia do papel da SMOV, do papel de outra Secretaria, se os bombeiros isso ou
aquilo.
Eu até me preocupo com uma Portaria que
a Prefeitura emitiu, criando um rito sumário para aquelas casas noturnas que
foram interditadas – e o Cabaret foi
a primeira delas – e que rapidamente se regularizaram, novamente de maneira
apenas formal. Na verdade, o tal do Certificado de Conformidade nada mais é do
que o velho e antigo Alvará Provisório que a Prefeitura veio aqui, depois do
ocorrido em Santa Maria, Ver.ª Mônica, comprometendo-se a extinguir, e criou, com
essa Portaria que tinha o intuito de ajudar, o tal de Certificado expresso de
Conformidade. Essa situação nos preocupa muito, nós temos dezenas de casas
noturnas, e depois do que ocorreu no Cabaret... E não estou falando aqui das
causas do incidente, que estão sendo investigadas e vão ser averiguadas, mas da
falta de condição daquela casa, que estava em funcionamento regular com a
Prefeitura. Quantas pocilgas estão em funcionamento em Porto Alegre? Peço que o
Secretário Goulart coloque na página da Prefeitura quantas pocilgas estão
recebendo os nossos jovens de Porto Alegre sem as devidas condições de
segurança e com o alvará e o aval da Prefeitura Municipal. Muito Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, disse a Ver.ª Sofia Cavedon assim, en passant: “Agora o Ver. Idenir Cecchim vai lá explicar”. Eu não
tenho nada que explicar, quem tem que explicar é o próprio Ver. Alberto
Kopittke, porque essa conformidade provisória foi dada pelos bombeiros. Então,
o senhor vá lá e fale com o seu comandante, o senhor que é do Partido do
Governador, vá lá e peça para o Comandante do Corpo de Bombeiros lhe explicar,
ele vai lhe explicar. O senhor leia antes sobre o que o senhor diz. Se o senhor
não sabe sobre um assunto, não fale, para não dizer bobagem. Quem deu essa
licença provisória foi o Corpo de Bombeiros. Então, quando o senhor falar em
Alvará Provisório da Prefeitura, o senhor leia antes, para ver o que é uma
coisa e o que é outra, para não trocar alhos por bugalhos. Só para esclarecer,
não para explicar, porque não sou eu quem tem que explicar; só para isso ficar
claro para nós. Claro que é uma semana de tensão, eu vejo o Governador tentando
botar a culpa no PCdoB. Gostei muito da resposta, de dizer que tudo é tratado
na sala de gestão do Governador. Acho muito engraçado, porque, quando acontecem
essas coisas todas, o Governador sempre está viajando; depois ele vem e diz que
já sabia da investigação. Eu não sei se ele só sabe, ou se ele está trabalhando
junto, como ele já fazia antigamente. Então, acho que nós não temos que
explicar; nós temos apenas que dizer para a população que os homens de bem e de
boa vontade estão aqui para falar, para levar chumbo – ou não, ou para levar
méritos, Ver. Alceu Brasinha. O senhor reclamava que o jornal fala quando o
Vereador faz alguma coisa errada, que o jornal dá o nome do Vereador. Agora, um
dia desses em que o Presidente promulgou uma lei, um Projeto de minha autoria,
aí o jornal diz que é da Câmara. Quando é errado, ele dá o nome aos bois;
quando é para o bem, ele não fala nada. É verdade isso também. Então, tem que
começar a falar das coisas boas que cada um de nós faz. E parece que eu tenho
uma coisa pessoal com o Ver. Alberto Kopittke; não tenho nada, ele é um bom
Vereador, faz o trabalho, não tem problema nenhum, é só que dá a coincidência
de precisar... Um fala antes, o outro fala depois, e a gente esclarece como é
que funcionam as coisas. O Alvará Provisório é uma das melhores coisas que
Porto Alegre, a Câmara de Vereadores, votou. Perguntem a todos esses bares,
lancherias, salões de beleza, toda essa gente! Isso diminuiu a corrupção em Porto
Alegre. Havia muito esperto que ia ao boteco que não tinha alvará e cobrava um
pouquinho. Nos 16 anos do PT ficou assim, com resolução provisória; depois, nós
fizemos aqui e aprovamos, Ver. Nilo – que está no plenário –, aqui na Câmara, o
Alvará Provisório. Isso é Lei, não precisa ninguém vir explicar aqui, basta os
Vereadores lerem o que é uma coisa e lerem o que é outra. As pocilgas têm que
ser fechadas, o que representa perigo tem que ser fechado, agora, cada um com a
sua. Se tiver os documentos necessários, a Prefeitura aprova; se não tiver
condições de segurança, os bombeiros desaprovam. Agora, eu quero dizer que não
é culpa nem de um, nem de outro; o bombeiro que foi lá dar a vistoria não sabia
que tinha uma bomba para explodir no telhado. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. JUSSARA CONY: Só quero lembrar a todos nós que hoje é
o Dia do Taquígrafo. Solicito a V. Exa. que faça uma homenagem, em nome de
todos nós, às nossas taquígrafas, que desempenham uma função importantíssima.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Parabéns às taquígrafas desta Casa, que
prestam um serviço tão importante para todos e para o andamento desse nosso
augusto trabalho. (Palmas.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, acho que a
assessoria de V. Exa. não lembrou de lhe informar que o nosso Ver. Mauro
Pinheiro fez aniversário ontem. Então, eu queria também que nós não deixássemos
passar o tempo e o abraçássemos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Parabéns, Ver. Mauro Pinheiro. Nós
gostaríamos de saber onde será o jantar em homenagem ao seu aniversário para
podermos estar presentes.
Já que estamos em uma parte festiva da
nossa Sessão, para contrabalançar com os momentos mais tensos, quero dar os
parabéns ao Sport Club Internacional pela vitória no dia de ontem.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra em Tempo Especial.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Vereador-Presidente. É
importante fazer registro aqui - apesar de os desdobramentos já estarem
acontecendo - da minha participação num momento
importante de orientação aos fóruns estaduais de Educação que estão coordenando
a 2ª Conferência Nacional da Educação. A Ver.ª Jussara Cony se referia a ela no
tema de inclusão de debates na Educação. Aqui no Rio Grande do Sul, em função
de ser a Presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, tenho
participado do Fórum Estadual e do Fórum Municipal, que instalou e que lança a
Conferência Municipal, na semana que vem, nesta Casa. Então, com o resultado
dessas duas intervenções é que nós também lançamos a Conferência Estadual aqui
na Câmara de Vereadores, com a presença do Conselheiro do Conselho Nacional de
Educação, Jamil Cury. Mas, na semana que passou, nós tivemos um debate mais
intenso, em Brasília, sobre o conteúdo da 2ª Conferência Nacional de Educação,
e, neste momento, está chegando em todas as escolas, Ver. Tarciso – eu trouxe
para cada um dos membros da CECE e vou levar na reunião de amanhã –, um
envelope com as orientações. Este envelope todas as escolas do Brasil estão
recebendo – as públicas, as privadas, as filantrópicas que têm convênios – para
que entrem no debate do destino da Educação brasileira, debate este que se
propõe a discutir o regime de colaboração. A nossa Comissão de Educação tem se
debruçado sobre o atendimento de Educação Infantil em Porto Alegre, que é muito
deficitário, Ver. Mauro Pinheiro – nosso aniversariante –, assim como do resto
do Brasil.
E, sobre
a Emenda 59, esse é um grande debate de como o Brasil vai se preparar para que,
a partir de 2015, todas as crianças e adolescentes dos quatro aos 17 anos,
inclusive os índios – e aqui estão os charruas no Plenário –, terão que ter
vagas na escola e terão, mais do que isso – não é só o tema da vaga – que
frequentar a escola. Então, sobre o debate de distribuição dos valores
percentuais do Fundeb, como o Município vai dar conta de vaga perto das casas
das crianças de quatro e cinco anos em regime de colaboração, Ver. Pujol? O
Brasil está discutindo sobre o seu Conselho Nacional de Educação, Ver.
Professor Garcia, inclusive nós fizemos um debate na TVCâmara sobre esse tema.
Os recursos já estão na FAURGS para viabilizar as conferências, para que o Rio
Grande do Sul, que sempre foi muito positivo, participativo, possa dar a sua
opinião.
Está em
debate o ensino à distância, se os cursos técnicos têm que ter adequações ou
não. Há um grande debate nacional sobre os recursos que estão indo para a
iniciativa privada, sobre as tecnologias da Educação. Será que não estamos
terceirizando? E têm entrado muito mais recursos na Educação do Brasil através
desse fundo público, que está sendo disputado pelas entidades privadas. As
Prefeituras estão comprando tecnologias que, muitas vezes, tiram a autoria dos
professores, são ineficazes e em que se gastam rios de dinheiro. E nós queremos
investir no servidor permanente. Este é o debate, senhores. No dia 16,
quinta-feira que vem, nesta Casa, haverá a abertura do processo de Porto
Alegre. Nós esperamos que Porto Alegre, com a sua experiência, possa aprofundar
esses temas.
De outro
lado, tive uma reunião com o Senador Paim, com o MEC, para discutir a liberação
dos recursos para a construção da sede da universidade estadual, e o Senador
Paim fará uma agenda aqui no Estado para ajudar na pressão política. A UERGS
tem recebido recursos federais todo ano, mas precisa dos R$ 15 milhões, Ver.ª
Jussara Cony, para fazer a sede que será na Zona Norte, ao lado do Centro Vida,
o que, para nossa Cidade e para aquela região de trabalhadores, será muito
importante. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL:
Boa-tarde, Presidente, Dr. Thiago; Vereadores, Vereadoras, colegas,
funcionários. Às Taquígrafas, que já foram homenageadas, meus sinceros
parabéns!
Eu fiquei
muito surpresa quando ouvi o Ver. Alberto Kopittke falar indignado com a
manifestação do Secretário Humberto Goulart sobre aquele episódio muito triste
e preocupante. Eu também fico muito preocupada, quero registrar aqui, sobre a situação
dessas casas noturnas que não têm condições, mas fiquei pensando, cá com meus
botões, quando escutei essa fala feita com veemência: mas e o IGP? E o
Departamento de Criminalística, que faz parte do Instituto Geral de Perícias,
que está muito pior que uma pocilga? A sua estrutura está um lixo, um caos! Eu
tenho aqui um dossiê e posso enumerar o que está acontecendo lá. A situação
desse Departamento é muito mais grave, porque é esse Departamento de
Criminalística que faz as perícias das casas noturnas, dos assassinatos, de uma
série de situações de risco no nosso Estado. E eu vou começar por aqui – isso,
sim, é grave!
O
Departamento de Criminalística não tinha Plano de Prevenção Contra Incêndio. A
falta de laudo técnico do Corpo de Bombeiros era um agravante da situação. Não
é oferecido treinamento adequado aos funcionários em caso de sinistros. Há uma
porta só de saída de emergência no Departamento de Criminalística para 260
funcionários, que estão ali para oferecer a perícia!
A nossa
Comissão, presidida pela Ver.ª Fernanda, esteve lá; vimos infiltrações no
prédio, fios elétricos parecendo cordas de roupas! Ora, senhores, isso, sim, é
muito preocupante, o que não tira a gravidade da situação das casas noturnas,
mas eu pedi hora cinco vezes para o Chefe da Casa Civil do Governo do Estado,
Governo Tarso Genro, e não fui atendida! E pedi também nesta Casa para dois
Vereadores – está ali a Ver.ª Sofia para confirmar –, tamanha a gravidade da
situação da pocilga que é o Departamento de Criminalística do IGP, responsável
por fazer a perícia dessas casas, por elucidar crimes, como os dos taxistas. E
como está o IGP, o Departamento de Criminalística? Muito pior do que uma
pocilga! Ora, senhores! Pocilga por pocilga, este caso aqui é muito mais grave!
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, agradeço ao meu Líder, o Ver.
Cassio Trogildo, e aos meus colegas de Bancada, Ver. Elizandro Sabino e Ver.
Paulo Brum, por poder estar falando aqui.
Eu venho
a esta tribuna falar, mais uma vez, que realmente a SMIC não pode assumir a
responsabilidade dos bombeiros em hipótese alguma. O Secretário Humberto
Goulart vem fazendo um bom trabalho, vem exercendo sua função conforme diz a
lei e é bom que isso fique claro para vocês que estão criticando o Secretário
Humberto Goulart. Cecchim, tu sabes que essa lei dizia que o Alvará Provisório
era por um ano; nós passamos para um ano e meio – eu fui o proponente dessa
mudança.
Quero
dizer também que sobreviver aí, na rua, um comércio, uma pequena empresa, uma
empresa média é terrível. É difícil. Talvez vocês não saibam o quanto é difícil
oferecer um emprego ou manter uma porta aberta ali na rua. Estar aqui fazendo
leis é fácil! É muito fácil criticar as coisas que acontecem nesta Cidade.
Estiveram
por 16 anos no Governo, Ver.ª Sofia Cavedon – e V. Exa. estava nesse Governo,
V. Exa. tem que ouvir também –, e não foram capazes de fazer uma lei que desse
o Alvará Provisório. Aí, vieram o Prefeito Fortunati e o Secretário Idenir
Cecchim e apresentaram essa lei de um ano de Alvará Provisório. Isso deu
oportunidade a muitas pessoas que queriam ter a sua pequena empresa
regularizada, Ver. Reginaldo Pujol. E aí acontecem as coisas; mesmo com toda a
liberação dos bombeiros, não quer dizer que não possa pegar fogo! Quer dizer
que esta Casa não pode pegar fogo, porque a documentação está em dia? Ninguém
vai assumir essa responsabilidade, nem os bombeiros vão dizer que há casa que
não tenha risco de incêndio em Porto Alegre.
É fácil
criticar, é fácil falar, mas eu quero ver os senhores abrirem uma porta ali na
rua e ficarem trabalhando, isso eu quero ver! Quem de vocês tem uma pequena
empresa e oferece trabalho para as pessoas ou, quem sabe, à família
que trabalha ali, dando sustento ao cidadão que trabalha na pequena empresa?
Uma pequena empresa pode ser uma padaria, uma farmácia, uma ferragem, uma loja
de pneus... Ver.ª Jussara Cony, só estando lá fora onde se matam dois leões por
dia e se deixam dois para o outro dia. Qual o proprietário de uma loja que quer
ter problema de incêndio? Quem vai querer? Ninguém quer, só que tem horas em
que ele não tem condições nem de pagar seus impostos – nem o IPTU, nem a luz. E
quantas empresas estão nessa situação em que hoje está sendo cortada a água, a
luz, em que está sendo protestado um título! Quem sabe disso é só aquele que
vive o dia a dia, é aquele cidadão que todos os dias cumpre com seu horário na
sua empresa. Este, sim.
Mas acho que nós somos Vereadores para
facilitar e, quem sabe, fazer leis mais fáceis, tirar a burocracia, pois é
muita burocracia e pouco trabalho. Então, digo aos senhores que temos de ajudar
quem dá emprego. Se há dez empresas e cada uma dá dois empregos, são vinte
empregos. Isso não acontece quando vêm esses milionários lá do outro lado da
Cidade, como o Carrefour, que quebrou toda a quadra, quebrou todo o bairro e
continua trabalhando lá, deixando as pessoas desempregadas, porque eles
oferecem muito pouco para a Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Alceu Brasinha.
(Pausa.)
O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, solicito informações
sobre o estágio em que se encontra o primeiro Projeto anunciado na Ordem do
Dia, o PLCE nº 004/13. Parece que havia Requerimento solicitando o adiamento da
votação, mas não chegamos a votar o adiamento em função da queda do quórum
naquela ocasião. Eu tenho interesse no Projeto, e um Projeto de Lei
Complementar precisa ter quórum privilegiado.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Pujol, esclareço-lhe que não há
Requerimento de adiamento, os adiamentos foram de um outro projeto. Onde não
houve quórum foi na votação da primeira Emenda.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Não está encerrada a discussão ainda?
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Não está encerrada a discussão ainda.
Discutiram as matérias os Vereadores Sofia Cavedon, Reginaldo Pujol, João
Carlos Nedel, Fernanda Melchionna e Bernardino Vendruscolo.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 16h53min): Havendo quórum,
passamos à
ORDEM
DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0823/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 004/13, que altera o “caput” do art. 1º da Lei
Complementar nº 666, de 30 de dezembro de 2010, incluindo os terrenos nos quais
se tenha a finalidade de implantar clínicas médicas, em rol para cujos projetos
de reformas, adequações ou ampliações são definidos índices de aproveitamento,
e ampliando a data máxima de protocolização dos pedidos de aprovação desse rol
perante a Administração Municipal para 30 de junho de 2013. Com Emendas nos 01 e 02.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Parecer
Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB, e COSMAM. Relator-Geral: Ver. Clàudio
Janta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 22-04-13;
- discutiram a matéria os Vereadores S.
Cavedon, R. Pujol, J. C. Nedel, F. Melchionna e B. Vendruscolo, em 29-04-13.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLCE nº 004/13. (Pausa.)
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/13.
O
SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, Srs. servidores, Sras.
Taquígrafas – hoje é o seu dia! –, como foi mencionado aqui na tribuna, a nossa
posição de contrariedade ao Projeto é muito simples, e não vou talvez tomar nem
um minuto do tempo. Notamos que esse Projeto, como outros encaminhados – não
projetos, mas políticas públicas do Município –, são entendidos de forma
particularizada e fragmentada. Nós não conseguimos entender aqui uma ideia de
cidade, e aqui se percebe um claro direcionamento, sem nenhum juízo de valor
dessa expressão. Por que atender a esse segmento tão somente das clínicas?
Parece-nos que faltaria no mínimo um debate mais aprofundado para entender o
porquê de outros estabelecimentos não poderem ser incluídos nas modificações
que a lei propõe. O que se quer aqui é discutir um modelo de cidade, um projeto
de cidade com planejamento e que não seja voltado apenas para um setor, como
parece, salvo melhor engano, que trata o Projeto. Se nós começarmos, aqui na
Câmara, sem tratar inicialmente de um modelo de cidade, e sim de projetos específicos,
estaremos desconfigurando o que poderia ser um modelo de cidade melhor. Não
devemos pensar uma cidade de forma setorizada, por isso a nossa contrariedade
ao Projeto. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Destaco aqui a presença do Dr. Carlos
Roberto Lofego Caníbal, Desembargador do nosso Egrégio Tribunal de Justiça e
membro da Comissão de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça. É uma satisfação
tê-lo aqui entre nós.
O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para discutir o PLCE nº 004/13.
O
SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, eu quero
cumprimentá-lo e também cumprimentar os colegas Vereadores e Vereadoras. Faço
uma saudação muito especial também ao Dr. Caníbal, Juiz em Bagé, amigo
particular, amigo da família, grande Desembargador que, com certeza, orgulha a
Magistratura do Rio Grande do Sul. Seja bem-vindo.
Eu quero fazer coro ao Projeto de Lei
do Ver. Reginaldo Pujol, Ver.ª Séfora, dizendo que acompanho desde o início a
tramitação deste Projeto. Acho que ele é importante. Eu sempre digo que a
cidade é um organismo vivo. A cidade vai ganhando as suas dimensões, e nós
temos que ter a capacidade, como legisladores, de adequarmos a legislação a
esse crescimento que a própria Cidade tem. Não faz muito tempo, na Legislatura
passada, o nosso companheiro Sebastião Melo protocolou – e o votamos aqui na
Câmara – um projeto de lei que se destinava à regularização de empreendimentos,
muitas vezes pequenas economias da Cidade, especialmente pequenos comércios. As
pessoas foram fazendo esses pequenos comércios, dada a necessidade de ter essa
oferta de serviço nos bairros. Isso se constituiu num verdadeiro mar de casas,
de edificações que não eram passíveis de regularização.
E acho que tem um mérito muito grande
aqui, adendado com uma Emenda que o Ver. Bernardino faz, extremamente positiva,
retirar a terminologia “igrejas” e colocar “templos religiosos” ou “templos
filosóficos”. Eu acredito que, por essas razões, Ver. Pujol, a minha posição
também é favorável, quero dizer, desde já, a V. Exa., especialmente porque aqui
nós estamos pensando em clínicas. Nós sabemos que, sempre, aquilo que pudermos
fazer no que diga respeito à Educação, à Saúde e à Segurança ainda vai ser
pouco frente ao que a sociedade de fato precisa.
Ver. Alberto Kopittke, quero dizer que
V. Exa. está profundamente equivocado a respeito do Alvará Provisório. Quero
dizer mais: quero dizer que várias cidades do Brasil, Capitais, inclusive o Rio
de Janeiro, vieram a Porto Alegre buscar insumos para que viabilizem nessas
cidades o Alvará Provisório. Entre outras coisas, é um elemento anticorrupção
fundamental, porque eu fui Secretário por dois anos; o Secretário Cecchim foi
por seis anos. Via de regra, o Secretário não assina mais os alvarás, porque há
um protocolo de documentos e de procedimentos que precisam ser obedecidos. Se
esses documentos e esses procedimentos forem obedecidos, qualquer cidadão chega
à Secretaria – esse foi um grande avanço trazido pelo Ver. Idenir Cecchim na
nossa gestão do PMDB, um grande avanço na desburocratização da Cidade – e,
tendo preenchido os pré-requisitos, sai com o alvará na hora. Então esse é um
avanço para a nossa Cidade que precisa ser compreendido; por aqueles que não
compreendem, precisa ser estudado. Para dar um exemplo: atividades de alto
impacto não são passíveis de Alvará Provisório. Postos de gasolina, por
exemplo, não são passíveis, porque deve haver um Estudo de Viabilidade Urbana,
licença ambiental. Atividades de alto impacto não são passíveis.
Então não podemos misturar o que houve
no Cabaret Voltaire, que era uma instituição que, inclusive ficou muito
tempo... E aproveito que aqui está o Desembargador para dizer que existem
várias casas noturnas que se mantêm graças a liminares que, às vezes, são
concedidas. Na Rua João Alfredo, havia várias, porque, amanhã ou depois, há uma
tragédia, e é o Executivo Municipal que responde, quando, na verdade, se
sustenta com uma liminar. Existe outra figura, a dos alvarás anteriores,
antigos, que é esse do Cabaret Voltaire, que, inclusive, pela legislação atual,
não poderia ser dado, porque está a menos de 100 metros de um hospital, Ver.ª
Séfora, e nós não podemos imaginar uma casa noturna a menos de 100 metros de um
hospital. Mas, para além de tudo isso, o que eu quero lhe lembrar é que a sua
Bancada, através da Ver.ª Sofia, quando nós fizemos esse trabalho de chamar à
legalidade essas casas noturnas, organizou uma passeata com mais de 500 pessoas
na Rua Sofia Veloso, na Cidade Baixa, porque nós éramos contra a diversão à
noite. A Ver.ª Fernanda estava junto.
Então, é preciso ter coerência. Se a
Bancada do PT e a Bancada do PSOL defendem isso, então digam que nada da
legislação que está aí vale, porque nós somos a favor da liberalização total.
Bom, aí nós vamos ter clareza de qual é a posição da Bancada. Porque a posição
da Bancada do PT até hoje se expressou, se exprimiu exatamente por essas
posições; especialmente a extrema esquerda aqui na Câmara se expressou, se
exprimiu...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O
SR. VALTER NAGELSTEIN: ...por
essas posições, posições que, para além da legalidade, simplificavam as coisas,
e queriam nos rotular: diziam que éramos inimigos da noite, da diversão e da cultura
porque nós cobrávamos de uma casa o devido isolamento acústico, o devido plano
de combate a incêndio, a acessibilidade para deficiente físico e todas as
outras obrigações do empreendedor!
Então, eu
quero lhe fazer um pedido: antes de o senhor subir à tribuna para falar dessas
coisas, é importante que a sua Bancada tenha uma posição coerente e uniforme.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para discutir o
PLCE nº 004/13. (Pausa.) Desiste.
Encerrada
a discussão. Em votação o PLCE nº 004/13. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está
com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Presidente; obrigada, minha Bancada;
agradeço ao Ver. Kopittke e ao Ver. Sgarbossa, neste momento em que fazemos o
debate, por eu poder encaminhar pelo Partido dos Trabalhadores. Em primeiro
lugar, não é disto que se trata, de alvará, mas é importante que se deixe muito
clara a posição do Partido dos Trabalhadores sobre este tema. Nós encaminhamos
o Alvará Provisório via Decreto, é bem verdade, Ver. Cecchim, porque tínhamos
muitas situações irregulares e queríamos que
especialmente as nossas creches comunitárias pudessem se credenciar no Conselho
Municipal, pudessem se colocar em processo de regularização. Conseguimos
grandes avanços através do Alvará Provisório; o que não pode é ele se tornar
permanente. O problema é que nós tínhamos – e temos até hoje – uma liberalidade
muito grande na questão do alvará e também uma incapacidade de fiscalização das
prefeituras, das instituições, de uma ação pró-ativa, e há muita pressão dos
donos de empreendimentos, que, hoje, acho que se assustam, porque querem abrir
de qualquer jeito seus estabelecimentos em função da necessidade do retorno
financeiro. Então, nós sabemos que este não é um jogo leve, Ver. Valter.
Queremos
deixar muito claro que a nossa posição em relação à Cidade Baixa nunca foi de
flexibilização de normas de segurança e, em especial, a minha posição nunca foi
de liberalização de horário para barulho, que é divergente do PSOL, no caso,
porque eu inclusive votei para manter a antiga regra. Agora, nós não
concordamos com a supressão da música ao vivo, com a repressão aos artistas. É
óbvio que não era uma repressão, mas eram regras que burocratizavam, como são
as regras que burocratizam hoje o artista de rua, que não pode se apresentar na
rua se não tiver uma autorização.
Mas o
Projeto em questão é bastante grave, na nossa avaliação, ao conceder índices
construtivos de forma horizontal, generalizada. Quer dizer que a Copa do Mundo
pode acontecer aqui no Humaitá, mas uma clínica lá em Belém Novo vai receber
índice construtivo para se desenvolver, uma clínica estética, uma clínica
privada, pública, seja ela qual for. É uma Lei que, na verdade, é uma
composição com outras leis que eu batizei, que temos batizado, de casuísmo da
Copa e em que, em grande medida, o Governo abre mão de riqueza, Ver. Pujol,
riqueza que o Município e o Estado têm, um adensamento que não existe, uma
possibilidade que o Estado tem de conceder adensamento e que deveria, pelo
Estatuto da Cidade, ser onerosa ao que recebe esses índices.
Direito
oneroso de construir é uma forma de o Município ser gestor, senhores, de um
adensamento maior na Cidade ou dar permissão, dentro de determinadas regras,
para induzir desenvolvimento ou induzir determinadas áreas de fomento – talvez
em tecnologia, depende da escolha; induzir a proteção patrimonial, por exemplo
–, a proteção de patrimônio cultural. Temos uma legislação que diz isso, Ver.ª
Jussara, Ver.ª Fernanda, diz que poderão ser usados os índices ociosos de um
determinado patrimônio licitado para ele ser preservado, para preservar a nossa
produção cultural. Esta Prefeitura não acha que deve colocar em operação, é uma
lei que está lá, engavetada.
Agora, a
distribuição a varrer para negócios,
lamentavelmente, é o que nós temos visto. Enriquecimento de determinados
setores, com prejuízo da nossa qualidade de vida, da circulação na Cidade, do
saneamento da Cidade, da capacidade de manutenção e preservação do meio
ambiente, com prejuízo. Então, além de a Prefeitura não arrecadar com esse
índice novo, ela causa prejuízo! E esta é a Lei que está, de novo, em votação
aqui, estendendo a construção para clínicas de forma geral. E o que acontece na
hora do licenciamento? Não tem a contrapartida, não tem a medida mitigadora. As
populações estão revoltadas: não têm escuta, não têm mediação, não há Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança. Então não é possível concordar com uma lei
desse modo, porque, na lógica que está aqui, só vem a prejudicar a cidade de
Porto Alegre.
(Não
revisão pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR. REGINALDO PUJOL:
Sr. Presidente, até para orientar bem a votação, eu quero requerer a V. Exa.
que, ao colocar em votação, esclareça devidamente a matéria que está sendo
votada, porque não foi discutida. É um equívoco tendencioso que merece ser
esclarecido, em homenagem aos Anais, à história, porque a Casa sabe que é
tendenciosa essa operação. Não se fala em clínica estética, é clínica médica,
está expresso, colocado de forma muito formal! A Vereadora inventa “clínicas
estéticas” para ridicularizar o processo. Deixe pra lá, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Pujol.
A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº
004/13.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Vereadoras, Vereadores,
venho mais uma vez a esta tribuna para falar sobre este Projeto. Todos sabem a
posição contrária do PSOL a este Projeto. Discutimos, na semana passada, no
momento de discussão da matéria, sobre a flexibilização e o verdadeiro rasgar
do Plano Diretor, tudo abarcando em nome da Copa do Mundo de 2014.
Mas, na
verdade, subo a esta tribuna porque o Ver. Valter Nagelstein insiste em mentir
sobre a verdade, insiste em distorcer o que aconteceu na Cidade Baixa. Se teve
alguém, nesta tribuna, que fugiu dos debates e do Projeto foi justamente um
Vereador da base do Governo que veio aqui mentir sobre o processo que se viveu
na Cidade Baixa. Durante a gestão do Vereador à frente da Secretaria Municipal
de Indústria e Comércio, esses senhores queriam proibir a música ao vivo na
Cidade Baixa e na cidade de Porto Alegre. Inclusive esses argumentos falaciosos
e mentirosos foram desmentidos pelo próprio Tonho Crocco, no Facebook, quando
os músicos se organizaram na cidade de Porto Alegre defendendo o direito ao
trabalho, à musica e, ao mesmo tempo, a uma legislação transparente para todos.
Porque é tudo muito nebuloso. E até hoje nós recebemos, na nossa Comissão,
dezenas de denúncias de violência sobre o bar Pinguim, que segue aberto, e um
botequinho de esquina que quer se regularizar não consegue espaço na SMIC! É
muito discutível esse processo! Falta transparência para licenciar os alvarás,
é moroso e, ao mesmo tempo, é necessário que haja respeito aos músicos e uma
legislação transparente na cidade de Porto Alegre. E é por isso que nós
sistematicamente fazemos este debate aqui nesta tribuna com os movimentos
sociais, sobretudo com os músicos da cidade de Porto Alegre, contra a
perseguição à música ao vivo e à cultura na Cidade.
Agora,
nós não aceitaremos a tentativa de imputar ao PSOL a flexibilização ou qualquer
tipo de normas que não sejam transparentes e que não defendam a segurança da
população, porque foi justamente o que nós buscamos naquele processo da Cidade
Baixa e o que nós buscamos agora na nossa Comissão de Direitos Humanos. Aliás,
os problemas da nossa Cidade estão justamente na falta de critérios e na falta
de transparência!
Não é à
toa que houve, recentemente, flexibilização – entre aspas – do licenciamento
ilegal em uma rede de corrupção estabelecida na Cidade e no Estado que permeava
a Secretaria Municipal do Meio Ambiente – dirigida pelo PMDB –, que deve
explicações à Cidade, que deve explicações de quais foram as licenças
concedidas em uma rede escandalosa de corrupção. Nós queremos saber que danos
ambientais estão sendo feitos neste momento na cidade de Porto Alegre, e por
isso nós batalhamos por uma CPI. Porque, afinal, falam que, na cidade de Porto
Alegre, tem a ver com a construção civil,
que tem a ver com a pauta, que tem a ver com o debate que nós estamos fazendo.
Quantas árvores foram derrubadas de maneira ilegal? Quantas medidas
mitigatórias deixaram de ser feitas na cidade de Porto Alegre, fruto desse
escândalo e dessa rede ilegal entre consultorias, empresários, Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, Fepam? É isso que o senhor deve vir discutir neste
plenário! E parar de faltar com a verdade e começar a dar as explicações que o
PMDB tem que dar para a cidade de Porto Alegre!
Nós não
aceitaremos a tentativa de mentir sobre o que aconteceu na Cidade Baixa, de um
belo movimento protagonizado pelos músicos na nossa Cidade em defesa da música
ao vivo. Também não silenciaremos diante da corrupção e diante dos graves
prejuízos ambientais causados à nossa Cidade e ao nosso Estado, porque as
gerações futuras, Ver. Pedro Ruas, nos cobrarão a nossa militância, a nossa
luta, e nós, no PSOL, lutaremos pela transparência, pelo combate à corrupção e
pela compensação em medidas mitigatórias, necessárias para a cidade de Porto
Alegre, de danos ambientais irreparáveis que foram cometidos por essa rede de corrupção
no Estado e no Município.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Fernanda.
Eu peço,
encarecidamente, que nós possamos nos ater ao Projeto. O Ver. Valter foi
citado, e ele vai acabar respondendo, mas eu peço que os outros Vereadores se
atenham ao Projeto. Se vocês quiserem fazer uma quinta-feira temática sobre o
tema, tudo bem, mas eu reitero o apelo feito anteriormente pelo Ver. Reginaldo
Pujol.
O Ver.
Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº
004/13.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu
agradeço, Sr. Presidente, mas é preciso que se ofereça aquilo que a própria
Constituição garante, que é o direito do contraditório. A Ver.ª Fernanda diz
algo que eu retribuo a ela, que aquilo que ela reputa a mim eu reputo a ela, a
prática da mentira reiterada como instrumento de política. Eu não gosto disso,
isso é a prática dos radicais, daqueles que não conseguem ver virtude no
adversário, daqueles que não conseguem enxergar que bons propósitos pode haver
naqueles que não pensam igual à gente. Esta é a visão do PSOL, visão sectária,
visão raivosa, visão que defende um mundo que fala em democracia, mas, em
qualquer lugar onde se estabeleça à prática e a política de Governo que vocês
defendem, nós temos o contrário da democracia: nós temos ditadura, nós temos
repressão, nós temos mortes, nós temos eliminação. É isso que os regimes da
extrema esquerda ou da extrema direita – mas, no caso de vocês, da estrema
esquerda – dos extremos proporcionam onde quer que eles estejam. Isso sob um
verniz muito bonito, o da legalidade, da luta pela ética, da luta pela
corrupção. Então, esse maniqueísmo, que é a prática política do seu Partido,
gosta de colocar, em todo mundo, todos os defeitos e todos os males como se vocês
fossem as vestais da humanidade, que o País só vai ter os seus problemas
resolvidos no dia em que o PSOL estiver aqui.
Mas o que
ela fala, de falta de transparência, está aqui, Sr. Presidente, num relatório
que foi distribuído a toda a sociedade porto-alegrense, falando a respeito das
ações de fiscalização da Prefeitura. E o Poder Judiciário, que aqui está – e
temos um Desembargador – nenhuma ação que tenha sido proposta no sentido de
cassar as medidas administrativas da SMIC ele atendeu; nenhuma delas! Quer
dizer, todas elas, Ver.ª Fernanda, foram corroboradas por quê? Porque estavam
dentro da mais absoluta legalidade.
A senhora
se referiu a um artista – e eu tenho muito respeito pelos artistas – , um
militante do seu Partido, do PSOL, publicamente declarado. Portanto, a posição
ou qualquer opinião dele está eivada de vícios, porque é parcial, porque é um
militante político do seu Partido.
Uma
Vereadora ou um Vereador que faz um juramento aqui como nós fizemos, de
defender a Constituição, que todos nós temos que defender, defender a
Constituição do Município, estar em frente à Prefeitura Municipal, como eu vi,
patrocinando quebradeiras... Que falemos contra o preço da passagem, que
lutemos contra isso é uma coisa, mas eu estava lá dentro da Prefeitura e vi. Eu
não fiz nenhum gesto dentro da Prefeitura, até em amor à própria democracia, e
é o direito de V. Exa., mas bem que compreendo que atitudes daquele porte,
daquele nível ferem inclusive o decoro parlamentar. Não é só a questão da
corrupção, mas não é dado a nenhum Vereador que faz um juramento em favor da
legalidade e da municipalidade ajudar, incitar ou patrocinar atos depredatórios
contra o patrimônio público, sob qualquer argumento, sob qualquer razão! E
esses mesmos argumentos e essas mesmas razões, que são quase sempre absolutas,
colocaram-se naquele momento, dividindo o mundo em dois: de um lado, estamos
nós, o PSOL, defensores da ética, da moral, da liberdade dos músicos; do outro,
estão eles: a direita, os repressores, aqueles que são contra a noite, são a
favor do estado policialesco, que querem o arbítrio, como se o mundo fosse
simploriamente dividido dessa forma. E nós fizemos pela legalidade.
E eu
quero lhe dizer uma coisa: não havia dia em que eu estava na SMIC em que eu não
pensava, na minha casa, olhando para os meus filhos: se algum dia der problema
numa casa noturna dessas, eu responderei pelo resto da vida, não só frente à
sociedade, Vereadora, mas frente à minha consciência principalmente. E foi esse
o único móvel, o móvel da legalidade, que fez com que nós fizéssemos aquelas
ações que resultaram na interdição de 42 casas noturnas, o que depois foi
reconhecido pela imprensa, pela boa imprensa: “Realmente, eles tinham razão”.
Mas àqueles que me atacavam de forma leviana, como a senhora, que veio aqui
dizer que eu minto, eu desafio a dizer onde é que eu minto, onde eu menti,
porque continua atuando de forma leviana. Estes sequer tiveram a grandeza, a
dignidade, a coragem de publicamente reconhecer que, de fato, nós estávamos
certos, que é preciso que todos se submetam às normas legais, e que, para
frequentar uma casa noturna, não importa qual seja, há de ter norma e, acima de
tudo, há de ter respeito ao direito dos outros, segurança, prevenção contra
incêndio, acessibilidade para deficiente. Ninguém nunca foi contra músico,
ninguém nunca foi contra casa noturna; isso foi a forma simplória, simplista
que utilizaram para colar um rótulo em alguém, Ver. Reginaldo Pujol, como fazem
historicamente esses partidos da extrema esquerda. E, depois, ao invés de falar
o que é substantivo, de poder defender o que é importante, têm que sair por aí
se defendendo, dizendo que não são verdades aquelas acusações. É uma técnica, é
uma tática, mas a sociedade, cada vez mais, está consciente dessa tática, e tanto
está consciente que, em todos os debates que nós, Governo, temos feito com esse
tipo de tática nos meios de comunicação, onde quer que seja, nós, felizmente,
porque estamos com a razão, estamos com a verdade, temos saído sempre
vencedores, e, cada vez mais, a mácula do radicalismo e da intransigência está
ficando exatamente com a posição sectária que é a posição de Vossa Excelência.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O
Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/13,
pela oposição.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente Dr.
Thiago, Vereadoras, Vereadores, o Ver. Mario Fraga quer saber a nossa posição
sobre o Projeto em votação. Nós somos contrários a ele, é importante registrar.
Mas nós não podemos deixar passarem em branco, nesse encaminhamento, os
diversos registros que faz o Ver. Valter Nagelstein em relação à Ver.ª Fernanda
Melchionna e em relação ao PSOL. Aliás, foi o Ver. Valter Nagelstein que saiu
da pauta, e o Ver. Mario Fraga silenciou-se sobre isso, não interrompeu o
Vereador quando ele veio colocar aqui a questão do PSOL, falando sobre o PSOL, e não estava
respondendo...
(Aparte antirregimental do Ver. Mario
Fraga.)
O
SR. PEDRO RUAS: Foi antes da Ver.ª Fernanda Melchionna,
e por isso ela foi para a tribuna. Foi antes! E colocou mal, por sinal.
Nós todos defendemos a redução da
tarifa, e eu nunca vi o Ver. Nagelstein defender a redução da tarifa. Nunca vi
e acho que nunca verei ele defender a redução da tarifa. Aí vem nos colocar a
pecha de radicais!
Ora, Vereador, nós temos até colocado,
de maneira muito benevolente, parece-me, a ausência de explicações do PMDB
sobre a prisão do seu representante no Município de Porto Alegre. Estava preso
o representante do PMDB, por corrupção. Nós não viemos a esta tribuna, nós
deixamos assim. Não viemos falar especificamente, mas poderíamos ter exigido
explicações, sim, de quem o indiciou. Porque ele não chegou lá de paraquedas,
por vontade própria: ele chegou lá indicado por um Partido presidido por V.
Exa. e foi preso por corrupção. E V. Exa. vem atacar o PSOL, vem atacar a Ver.ª
Fernanda Melchionna! Mas como?! De que jeito?!
Nós também temos o direito a resposta.
V. Exa. indicou o direito a resposta, é verdadeiro, e pode haver o debate. Nós
também temos o mesmo direito e queremos colocar com clareza. Nós defendemos
causas justas, sim, e não é verdade que a Ver.ª Fernanda Melchionna estivesse
incentivando violências no Paço Municipal, porque eu estive lá com a Vereadora
e vi: em nenhum momento a Vereadora incitou as violências. E mais: ainda teve a
coragem – e foi a única Parlamentar que eu vi fazer esse trabalho sem colocar
demérito na ação dos demais – de pedir para que não houvesse violência! Então,
não é verdade o que V. Exa. coloca em relação à Ver.ª Fernanda e não é verdade
o que coloca em relação ao PSOL!
E nós temos não só o direito, Ver.
Mario Fraga, Ver. Nagelstein, Vereadoras, Vereadores, nós temos a obrigação de
questionar determinados comportamentos que se traduzem, às vezes, em projetos
de lei que prejudicam, sim, a Cidade; que colocam em xeque não apenas a questão
da segurança – que já é gravíssima –, mas colocam mais do que isso. Há projetos
aqui que nitidamente prejudicam a Cidade no presente e no futuro, comprometem
gerações em relação ao meio ambiente, comprometem a segurança, como sempre
comprometeram, em função de uma visão ideológica conservadora, atrasada que
compromete, sim, os movimentos sociais e a expressão da Arte e da Cultura.
Por isso, é muito mais do que um direito,
Sr. Presidente, é uma obrigação do PSOL, uma obrigação da Ver.ª Fernanda
Melchionna estar à frente desse combate, desse enfrentamento. Nós temos orgulho
dessa posição. Em relação a nós, podem ter certeza, Ver. Nagelstein, Vereadoras
e Vereadores, não haverá esse tipo de acusação. Não aceitaremos, jamais, que a
nossa ação cidadã seja tachada simplesmente como uma ação radical, que busca o
confronte pelo confronto. Não! Naquilo em que o povo excluído, espezinhado,
esquecido e com os seus interesses vendidos não teve voz, nós, do PSOL, ali
estaremos para, com responsabilidade, ser a voz desse povo esquecido.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/13.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, nós vamos votar favoravelmente ao Projeto de
Lei encaminhado pelo Executivo Municipal, que, antes de mais nada, é um projeto
de construção coletiva do Executivo com o Legislativo Municipal. E projeto
nesse sentido já havia sido votado a aprovado.
Em segundo lugar, este Projeto tem um
prazo de vigência. Já se disse que iria prejudicar a Cidade toda, algumas
coisas nesse sentido. Nada disso. O Projeto tem um prazo, até 30 de junho, e
existe a Emenda do Ver. Nedel propondo até 31 de agosto. E o que significa
isso? Já existe, em Porto Alegre, a Lei que trata dessas definições de índices,
e vou dar só um exemplo: para hospitais, a proposta insere clínicas médicas.
Repito: clínicas médicas. Eu ouvi aqui algumas críticas, e as críticas dizem
assim: “Mas é a Copa.” Que bom! E, aliás, eu ouvi outra: “Mas, por exemplo, e
lá em Belém?” Que bom se, lá em Belém Novo, na Restinga, no Passo das Pedras,
tivéssemos iniciativas de projetos ampliando clínicas médicas, que bom para a
Cidade e para os seus cidadãos!
Feito isso, eu gostaria de registrar
que este Projeto dá uma equidade, uma similaridade: o mesmo benefício que se
concedeu para hospitais. Agora se dão exatamente os mesmos benefícios para
clínicas médicas. E mais: até a data aprovada no Projeto – ou junho, como no
texto original, ou agosto, como na Emenda. É até esse prazo que os nossos
cidadãos empresários têm para construir ou ampliar essas clínicas. Portanto,
nós queremos, é exigência da Lei, do Projeto, Ver. Pujol, que essas construções
estejam finalizadas, construídas, reformadas, concluídas e ampliadas até a
Copa.
Essa é uma proposta inteligente. Até
2014, nós teremos a possibilidade de termos essas ampliações. Não é para a
eternidade, é apenas para um período. É muito bom para a Cidade, e eu repito:
que bom que a Copa de 2014 sinalize, incentive, induza a que se ampliem
hospitais, clínicas e outros equipamentos públicos com recurso público ou
privado na cidade de Porto Alegre! Ganha Porto Alegre e, necessariamente, ganha
o cidadão de Porto Alegre.
Com relação às demais acusações e
críticas, apenas para registrar: não é o momento para respondermos agora. Um
abraço e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Jussara Cony está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/13.
A
SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
apenas vou referendar o que já disse nesta tribuna quando discutimos
anteriormente este Projeto. Ele foi modificado, mas, na essência, há algo aqui
que continua a mesma coisa quanto à questão da definição de índices para
hospitais. Já havia a justificativa de que, como tem os hospitais e outros – shoppings e uma série de outros casos –,
teria que incluir as clínicas médicas.
Eu pergunto, e pergunto com muita
seriedade: que clínicas? Clínicas particulares? Clínicas que atendem a
convênios? Na minha concepção, é uma visão distorcida este Projeto. Qual a
contrapartida das clínicas que vão receber este benefício? Vão atender o
Sistema Único de Saúde, ou vão apenas continuar a atender aos convênios
particulares? Vai haver uma contrapartida para o SUS?
E eu quero ser muito franca aqui,
porque acompanhei e tenho acompanhado, até por dever de ofício, a questão da
Copa. Quem vai atender na Copa, senhores, são os hospitais públicos. Quem vai
atender na Copa vai ser o Hospital de Clínicas; quem vai atender na Copa vai
ser o Grupo Hospitalar Conceição, isso é articulação nacional interministerial!
Por fim, nós precisamos desse tipo de
iniciativa para a Estratégia da Saúde da Família, para postos, para Unidades
Básicas de Saúde. Então, na minha visão, sob o ponto de vista da Saúde, há uma
enorme distorção neste Projeto. Ele foi modificado, mas, para nós, da Bancada do
PCdoB, essa modificação, na essência, não responde. Nós vamos votar contra o
Projeto. Obrigada pela atenção.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/13.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, com a maior brevidade possível, primeiro, quero agradecer aos
colegas, alguns dos quais até enfermos, que estão se mantendo aqui a meu pedido
no sentido de assegurar o quórum de votação desta matéria, que, sendo um
Projeto de Lei Complementar, precisa, naturalmente, contar com 19 votos para a
sua aprovação. Nós não desconhecemos que, largamente, temos maioria. A nossa
dificuldade, Presidente, é se alcançaremos ou não o 19º voto. Quero alertar
sobre o seguinte: se não o fizermos e se estiver muito próximo, vamos usar o
dispositivo regimental e vamos pedir a renovação de votação.
Em segundo lugar, quero,
lamentavelmente, dizer o seguinte: essa discussão foi completamente conturbada.
Quando descia da tribuna o meu amigo Ver. Pedro Ruas, eu perguntei a ele: “Mas
e a sua opinião? O que tem que ver isso sobre o Processo?” Ele disse: “Nada.”
Então, grande parte do que aqui foi discutido não tem nada que ver com o
Projeto.
Essa lei existe, senhores, vigorou
tranquilamente até o final do ano passado, produziu os seus efeitos, e no ano
passado nós providenciamos de ampliá-la na sua vigência, para os pequenos
poderem também se beneficiar. Ora, os hospitais – inclusive alguns aqui citados
pela Ver.ª Jussara Cony – já se beneficiaram dessa lei. O Grupo Hospitalar
Conceição se beneficiou, o Hospital Ernesto Dornelles se beneficiou. Agora,
algumas clínicas, como não tinham bem certeza de que teríamos aqui todas as
competições que haviam sido anunciadas anteriormente – e uma delas é a Copa das
Confederações, Ver. Professor Garcia –, resolveram simplesmente limitar em
dezembro, porque achavam que a Copa das Confederações estaria sendo realizada
em Porto Alegre neste ano. Como não está, ficaremos na situação em que nos
encontramos.
Tranquilamente, eu vou pedir que
terminem com essa agonia. Sr. Presidente, vamos à votação. Eu sei que aqui se
encontram homens e mulheres esclarecidos e não é um discurso ideológico
fragmentado que vai concluir.
Eu só lamento sob um aspecto: eu sempre
procurei, no meu relacionamento aqui na Casa, não me contagiar pelo viés
ideológico. Vejo que essa minha disposição se compromete; daqui para frente, eu
não vou poder pensar de uma forma diferente, porque seria exagerar na minha
situação de cristão, dando a outra face para apanhar. Parece que algumas
pessoas estão entendendo que eu estou com este projetinho, promovido pelo Sr.
Prefeito Municipal, querendo controlar algumas situações irregulares nesta
Cidade. Parem com isso! Não estamos aqui falando de licença ambiental, como
alguém falou da tribuna; não estamos tratando de licença especial; estamos
falando de uma norma legal, transparente, que vigorou na Cidade por mais de
dois anos e que agora está sendo prorrogada por mais alguns meses. É tão
somente isso. É isso que nós estamos querendo que os senhores e as senhoras
votem com tranquilidade. Se tiverem que rejeitar, o façam. Mas saibam que estão
votando isso, não as outras coisas que aqui foram faladas.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal, solicitada pelo
Ver. Pedro Ruas, a Emenda nº 01, destacada, de autoria dos Vereadores
Bernardino Vendruscolo e Tarciso Flecha Negra, ao PLCE nº 004/13. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADA a Emenda
nº 01, destacada, por 30 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo
Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 004/13. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA a
Emenda nº 02, destacada, por 15
votos SIM, 11 votos NÃO e 05 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal,
solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna, o PLCE nº 004/13. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM, 10 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Faço uma Declaração de Voto: eu tenho uma clínica, por isso aqui voto
abstenção e por isso votei abstenção em todo o Projeto e em suas Emendas.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 078/13 – (Proc. nº 1251/13 – Ver.
Marcelo Sgarbossa) – requer a constituição de Frente Parlamentar para
debater o Plano de Mobilidade Urbana de Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 078/13. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 078/13, como
autor.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Serei muito breve, Presidente. Primeiro,
cumprimento todos os colegas e servidores da Casa. Sei que há várias frentes
parlamentares em funcionamento, mas eu gostaria de registrar esta, que está
para ser constituída, com a aprovação dos nobres Pares, porque a mobilidade
urbana tem se tornado um tema dos mais relevantes para as grandes cidades.
Em primeiro
lugar, eu gostaria de convidar o Ver. Waldir Canal, que também propôs uma
frente parlamentar pelo trânsito seguro. A mobilidade urbana hoje apresenta uma
complexidade tão grande, que o trânsito precisa ser tratado de inúmeras formas.
Nós aqui estamos propondo uma discussão sobre o Plano Municipal. A Lei Nacional
da Mobilidade Urbana, a Lei 12.587, de 2012, estabeleceu um prazo de três anos
para que os Municípios apresentem os seus planos de mobilidade urbana
municipais e condicionou inclusive o repasse de recursos na área da mobilidade
urbana, a elaboração desse plano. Então nada mais é do que
elaborarmos um plano aqui que precisa ser ousado. A Cidade está parada ou
parando, Porto Alegre tem em torno de cem emplacamentos diários de novos
veículos. A questão da bicicleta, por si só, com o Plano Diretor Cicloviário, é
uma questão que, a todo o momento, vem à tona; há a questão da tarifa do
transporte coletivo, enfim, a questão do pedestre... Hoje iniciamos a Semana
Mundial de Segurança do Pedestre. Então há uma série de questões envolvidas na
mobilidade urbana que merecem nossa atenção.
Nós gostaríamos de convidar os demais
colegas para que se somem a essa Frente. Pretendemos ouvir especialistas e, ao
final, quem sabe, propor uma minuta de um plano de mobilidade urbana para Porto
Alegre para que seja subsídio para uma discussão mais densa e mais profunda. O
que estamos fazendo aqui já é fruto de uma campanha do Greenpeace, que tem
cobrado muito dos Municípios do Brasil todo a apresentarem já seus planos de
mobilidade urbana. Curitiba já tem um plano de mobilidade urbana desde 2008. Há
uma série de iniciativas. A Metroplan acaba de encaminhar ao Ministério das
Cidades o seu Plano de Mobilidade Urbana para a Região Metropolitana, enfim,
parece um tema candente, um tema que envolve cidadania.
A rua tem sido, cada vez mais, um
espaço de democracia, de diálogo. Nós estamos aqui com uma série de Projetos, e
um deles o Ver. Brasinha comentou na tarde de hoje, sobre aumentar a velocidade
máxima em Porto Alegre, mas o nosso pretende reduzir para 50 quilômetros por
hora. Temos um Vereador identificado com a questão da bicicleta, como eu; temos
um Vereador que tem o nome “Paulinho Motorista”, um nome político. Então temos
uma série de questões envolvendo a mobilidade urbana. Nós pretendemos que essa
Frente consiga contribuir de forma definitiva e decisiva para a elaboração
desse plano que o Município precisa apresentar nos próximos dois anos.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com
a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 078/13.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr Presidente, senhoras e senhores,
agora há pouco, os Vereadores não entenderam uma provocação que fiz, mas fiquei
muito feliz em receber a sinalização do Governo de que vai votar o meu Projeto
que trata das avaliações dos imóveis em Porto Alegre. Fiquei muito feliz em
saber disso, especialmente do representante do Governo aqui nesta Casa, Dr.
João Almeida.
Ver. Marcelo Sgarbossa, eu gostaria de
dizer que nós também estamos aguardando a instalação de uma Comissão, proposta
por esse Vereador, aprovada por esta Casa, mas ainda não a instalamos porque
esta Casa tem limitações de Comissões para tramitar ou desenvolver o seu
trabalho ao mesmo tempo. Nós estamos aguardando o encerramento do trabalho de
uma das Comissões que está em andamento para iniciarmos esse trabalho, Ver.
Sgarbossa, em que vamos debater a falta de placas nos logradouros públicos de
Porto Alegre e sinalizações que entendemos que estão postas de forma a trazer
equívoco aos condutores. Então, nós vamos ter um trabalho muito parecido com o
seu, vamos apoiar a sua proposta e queremos convidá-lo também para fazer parte
desta Comissão que, possivelmente, no próximo mês, vamos estar coordenando, que
trata da sinalização viária de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Bernardino.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 078/13.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Vereadores, o Ver. Bernardino Vendruscolo, com muita propriedade,
manifestou-se, encaminhando a votação, dizendo das limitações de que a Casa é
portadora, bem como dos obstáculos a serem transpostos para a constituição das
várias Comissões, especialmente as frentes parlamentares, que eu asseguro, com
toda a tranquilidade, que, no presente momento, já devem superar uma dezena de
frentes constituídas aqui na Casa.
Eu inclusive tenho plena consciência de
que já incluí o meu nome em oito frentes parlamentares. Certamente, meu caro
Ver. Marcelo Sgarbossa, no momento em que essa Frente for aprovada, vou me
incluir nela também. Agora, a grande dificuldade de ordem prática é saber em
qual ou quais Comissões eu efetivamente vou trabalhar. Nós já discutimos isso
anteriormente. O Ver. Nedel inclusive tinha sustentado uma posição nesse
sentido, da necessidade de regrarmos essas frentes parlamentares. É lógico que
eu não pretendo, hoje, logo depois que tivemos uma votação que era para ser
simples e foi acirrada e com debate... Qualquer restrição que eu pudesse
oferecer à construção dessa frente parlamentar que o Ver. Marcelo Sgarbossa
está requerendo poderia parecer algum ressentimento meu com V. Exa., pela
postura do seu Partido no processo anterior, mas não será. Inclusive as
restrições eu quero superar, e, como fiz em outro processo em que
V. Exa. era o requerente, até em homenagem à sua condição de atuante e novo
integrante da Casa, o que efetivamente me leva a ter grande respeito por Vossa
Excelência, apesar do que eu disse há pouco, de que eu me senti em despedida da
minha postura não ideológica aqui na Casa. Aquilo faz parte de uma emoção
momentânea. Vou continuar procurando me relacionar com todos e não
obstaculizando o trabalho de quem quer que seja aqui na Casa.
Acho que V. Exa. vai ficar com uma
incumbência muito pesada nos ombros, Vereador. Tratar da mobilidade urbana na
nossa cidade de Porto Alegre, como em qualquer outra grande cidade brasileira,
sul-americana ou mundial é uma tarefa desafiante no presente momento. V. Exa.,
que é militante dessa frente dos ciclistas, que advoga que o ciclismo tem que
deixar de ser apenas um lazer e deve se integrar entre o rol das opções de
trânsito e de tráfico dentro da Cidade, vai ter um trabalho seriíssimo nessa
frente parlamentar para conciliar as várias opiniões existentes a esse
respeito. Há desde aqueles que acreditam cegamente que só o metrô trará a
solução, até aqueles outros que dizem que o metrô é um sonho que Porto Alegre
busca há anos e não alcança e que nós perdemos muito tempo falando em metrô e
não simulando outras alternativas. Mas, enfim, todos entendem que, por mar,
terra ou ar, tem que ser enfrentado o problema da nossa querida Porto Alegre,
cujo tráfico, como em qualquer cidade do mundo, na hora do pico, é algo
insuportável.
Quero cumprimentar Vossa Excelência. O
requerimento está formulado de acordo com as normas regimentais. Seria uma
postura inadequada da minha parte registrar, de forma mais contundente, a minha resistência, que não seria à Frente que V. Exa.
requer, mas sim às frentes que em profusão aqui se constituem. Seria inadequado
da minha parte que eu viesse a aprofundar essa resistência exatamente agora que
V. Exa. requer – e em que, com toda a certeza, haverá de ter o apoio da Casa –
a constituição da Frente Parlamentar para Debater o Plano de Mobilidade Urbana
de Porto Alegre. Até porque a primeira grande tarefa de V. Exa. é saber se,
exatamente, existe esse Plano de Mobilidade Urbana em Porto Alegre. E, se não
existe, saber por que não existe, quando existirá e quando a Frente Parlamentar
poderá enfrentá-lo e debatê-lo na sua integralidade. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento nº 078/13.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago; Ver. Marcelo Sgarbossa, eu quero ser muito rápido
para dizer o seguinte: eu tenho convicção de que essa propositura é das mais
importantes. Poucas coisas afetam tanto a nossa vida na Cidade, Ver.ª Jussara
Cony, quanto o trânsito. Obviamente, há quem critique, mas o fato é que as
cidades são constituídas, hoje, para atender a essa – perdoem, vou roubar até
uma expressão de vocês – lógica do automóvel. Eu acho que é o mundo como está
posto, e, para mudarmos isso, Ver. Paulinho Motorista – o senhor, que é um
rodoviário e vem exatamente desse mundo –, precisamos de uma mudança de cultura
que vai levar 30 anos. Mas cresce essa consciência. Na Europa, por exemplo,
hoje, já vemos muitos carros híbridos, que são é a mistura do motor à explosão
com o motor elétrico. Em relação aos táxis, por exemplo, eu estou propondo que,
a partir de 2015, os táxis licenciados em Porto Alegre sejam híbridos ou desses
motores amigos do meio ambiente, em inglês chamados de ecofriendly. Mas não vamos transformar tudo em inglês, porque nós
temos, certamente, palavras correspondentes na nossa língua, que é tão bonita.
Então, só para dizer que isso é importante.
O tema da
bicicleta também me é caro. Não vamos esquecer que o nosso Governo, Ver. Alceu
Brasinha, tem feito um esforço enorme em ciclovias – com aperfeiçoamentos que
precisam ser feitos, como em tudo, é verdade, mas tem sido feito um esforço
enorme. Ciclovias nós estamos instalando em toda a Cidade. Sobre bicicletários,
eu próprio fui responsável por um bicicletário no Mercado Público. Há 145 anos
nós temos Mercado Público e não tínhamos bicicletário. Então colocamos ali no
Mercado, colocamos no mercadinho do Bom Fim, colocamos na Usina do Gasômetro...
Quer dizer, essa preocupação está também na nossa agenda.
Mas eu
quero trazer mais uma coisa para a Frente que V. Exa. está propondo: os
motociclistas. E mais outra: o transporte de cargas.
Primeiro,
a questão dos motociclistas. O motociclista é o operário, hoje em dia, do
transporte de pequenas cargas na Cidade, e eles estão morrendo às pencas,
aqueles que não morrem estão ficando aleijados. Nós precisamos olhar para essa
categoria, para o motobói. Se eu tenho um filho pequeno – e tenho – e, numa
sexta-feira chuvosa à noite, ele está com febre de 40º, em quem eu confio para
me trazer um antitérmico? No motobói. Se, num domingo à noite, eu preciso pedir
uma pizza, para quem eu peço? Para o motobói. E eles estão morrendo, Ver.
Paulinho, aos milhares, infelizmente, porque são a parte hipossuficiente também
no trânsito! Então, tem que haver uma política específica. São Paulo já adotou
a questão das ciclofaixas, mas precisa de uma regulamentação do Código
Brasileiro de Trânsito. Então, se vamos olhar para a bicicleta, temos que olhar
para a moto, que é um modal hipossuficiente que está disputando espaço na rua
também.
E a outra
questão é o transporte de cargas. As pessoas falam que tem que tirar o caminhão
de carga do Centro da Cidade, mas não vamos nos esquecer que os pequenos
caminhões de cargas são aqueles que abastecem o comércio, os restaurantes, as
lancherias, que fazem a vida acontecer, Ver. Nereu. Então, não adianta
simplesmente proibir como se fosse a panaceia para resolver os problemas,
porque, no dia seguinte, nós vamos ter um desabastecimento. Assim, também sobre
a questão do transporte de cargas, especialmente esse que abastece o comércio,
as lancherias, os restaurantes, as farmácias, a economia da Cidade nós
precisamos ter um olhar que não seja sectário, que seja generoso.
Então,
são essas duas observações que eu deixo como contribuição às discussões que vão
se estabelecer neste tema que, volto a dizer, é um dos temas mais importantes
da vida de cada um de nós na Cidade e no dia a dia. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 078/13.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros
colegas, eu venho à tribuna, em nome da nossa Bancada do PT, para saudar essa
iniciativa do colega Sgarbossa e destacar que este é um tema que o colega vem
liderando na Cidade de forma vanguardista e corajosa, enfrentando, muitas
vezes, o discurso hegemônico do individualismo, da velocidade dos nossos
tempos. O amigo, assim como um conjunto de movimentos, faz esta discussão
colocando o seu corpo nessa disputa, enfrentando os motoristas de carro,
enfrentando os motoristas dos coletivos também, disputando essa lógica e, por
que não dizer, arriscando a própria vida. Este é um tema em que a nossa Cidade,
com certeza, já é vanguardista por ter um movimento social tão vivo. E ele não
é menos importante, porque, há não mais de dois anos, se não me falha a
memória, vimos aquele episódio do atropelamento coletivo. Por isso, com
certeza, a discussão de uma outra forma de se mover na Cidade é a discussão de
uma outra forma de se viver na Cidade. Então, trago os cumprimentos.
Deixo
aqui o tema do metrô também para o colega, que é técnico nessa área, que o
debate com profundidade, trazendo ideias também a essa frente. O que será que aconteceu
nesse Projeto de R$ 9 bilhões? O que aconteceu? Efetivamente, aqui não é
responsabilidade nenhuma do Prefeito – não estou fazendo debate ideologizado –,
mas qual é o caminho para Porto Alegre disseminar uma rede de transporte
público coletivo moderna? Canoas está fazendo, está começando a construção de
17 quilômetros do aeromóvel, ligando o bairro Mathias Velho ao bairro
Guajuviras, e por que não ocorrer em Porto Alegre esse tipo de iniciativa
inovadora?
Por fim,
feita essa saudação, sem levantar e retomar a polêmica já feita aqui no
plenário sobre o tema que levantei, na fala de Liderança, sobre o incêndio
ocorrido no Cabaret Voltaire, sem entrar nos temas polêmicos e ideológicos que
o Ver. Valter levantou em relação ao PSOL – e o PSOL não precisa que ninguém o
defenda –, quero chamar a atenção do amigo Ver. Valter no sentido de que, ao
longo da história, todos os movimentos que lutaram por direitos humanos foram
chamados de radicais de esquerda em todos os parlamentos e em todas as
sociedades. E lembro aqui a luta dos abolicionistas no Congresso americano, que
eram justamente chamados de ultraesquerda! Então, a gente tem que ter cuidado
em promover a discussão sem incitar a violência. Essa é a melhor forma de
chegarmos às melhores conclusões para a nossa Cidade.
E o
senhor colocou que eu deveria estudar o tema antes de vir à tribuna. Pois eu
quero retribuir a sugestão ao amigo, que foi Secretário e que, com certeza, tem
um entendimento muito maior do que o meu sobre a temática, mas acho que se
desatualizou sobre as inovações legislativas que ocorreram na Cidade nos
últimos três meses, depois do incêndio de Santa Maria. Os senhores defenderam o
Alvará Provisório aqui, e eu não me
posicionei contra o Alvará Provisório para todos os temas da Cidade.
Se o Ver.
Reginaldo Pujol me permitir completar o pensamento...
(Aparte
antirregimental do Ver. Reginaldo Pujol.)
O SR. ALBERTO KOPITTKE:
Só estou debatendo um assunto; se o senhor não permite...
Mas,
voltando aqui a um tema que já foi discutido em várias outras falas, a
Prefeitura veio a esta Casa e anunciou a revogação dos Alvarás Provisórios para
casas noturnas e estabelecimentos de tipo F6, e eu não sei por que vocês vieram
aqui defender esse tipo de alvará que a própria Prefeitura já revogou. Parece-me
que o senhor está desatualizado. E, depois – e esse é o tema com que eu quis
abrir aqui á discussão –, por meio de um Decreto de nº 18.235, a Prefeitura
criou um rito novo para a regularização das casas noturnas, e eu só quero que
nós possamos aqui debater.
O Ver.
Cassio Trogildo instaurou uma Comissão Especial, e vamos levar ao debate sem
tantas paixões, de forma técnica, porque não é fácil para ninguém solucionar
isso. O que eu critiquei aqui foi o fato de o Secretário ter chamado de
“pocilga” um estabelecimento efetivamente regular. Espero que nós não tenhamos
outros “chiqueiros” com o funcionamento autorizado na Cidade.
Então,
esse foi o questionamento, e espero que a gente possa debater de forma menos
partidarizada, ideologizada esse assunto que, ao fim e ao cabo, pode custar a
vida dos jovens da nossa Cidade. Eu sei que esse é um assunto que tem a atenção
de todos nós. Muito obrigado e, mais uma vez, parabenizo o amigo Marcelo
Sgarbossa pela iniciativa da Frente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 078/13.
O SR. WALDIR CANAL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna encaminhar a votação e
dizer da alegria de votar este Requerimento do nosso colega Ver. Marcelo
Sgarbossa, mas dizer que esse é um tema constantemente debatido aqui na Casa há
muito tempo. A questão do trânsito, especificamente a mobilidade – o ir e vir,
a questão do tráfego, a questão dos modelos de transporte público no nosso
Município, a questão da trafegabilidade de carros, motos, bicicletas, enfim –,
tem sido uma grande preocupação dos porto-alegrenses. Nós temos visto na Cidade
várias obras que estão com a intenção de facilitar a mobilidade da Cidade, de
fazer com que a Cidade venha a eliminar os seus gargalos, aqueles pontos
críticos que, no horário de rush,
pela manhã ou à tarde, têm causado alguns transtornos.
Então, é
de fundamental importância nós votarmos favoravelmente. Quero dizer que a
Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro também vem tratando desse tema
de maneira constante, e nós recebemos essa iniciativa como uma aliada e vamos
apoiar, estaremos junto buscando propostas, ideias que venham resolver o
problema da mobilidade urbana. Não é um problema fácil. As grandes cidades
convivem com o crescimento populacional e, muitas vezes, o crescimento da frota
de carros é muito maior. Precisamos de meios de transporte alternativos para
tirar um pouco os automóveis das ruas.
Quero
registrar que estamos vivendo a Semana Mundial em Defesa do Trânsito Seguro. Há
uma preocupação, no mundo, com respeito ao trânsito. O trânsito mata, destrói
vidas, destrói sonhos. O trânsito não é apenas pegar o carro e dirigi-lo, o
trânsito também significa boas condições das estradas, das ruas, boa
sinalização.
Eu quero
dizer aos Vereadores que nós teremos um seminário que vai tratar sobre a
mobilidade urbana – assim que minha assessoria me passar a data, aviso aos
senhores –, que tratará da sinalização e da orientação aos turistas, pois eles
vêm para cá, e as ruas não estão bem sinalizadas, devido às obras. Existem
alguns retornos e desvios, isso precisa ser atualizado, e há a questão do GPS.
Isso tudo faz parte da mobilidade urbana da nossa Cidade.
Quero
convidar os Vereadores para uma Audiência Pública que teremos para tratar
–dentro da comissão, do GT que foi nomeado por esta Casa – sobre a conclusão
dos estudos da convivência na nossa Cidade. Então, quero convidar vocês a
participarem dessa Audiência Pública. Parabéns, Vereadores, e vamos apoiar essa
Frente Parlamentar da Mobilidade Urbana! Sr. Presidente, apenas para esclarecer
que a data da Audiência Pública será no dia 14, às 19h, aqui no Plenarinho.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Nós, oportunamente, vamos passar a todos.
Em
votação o Requerimento nº 078/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 093/13 – (Proc. nº 1515/13 – Ver. Nereu D'Avila) –
requer a realização de Sessão Solene no dia 28 de maio, às 17h,
destinada a assinalar o transcurso dos 80 anos do Jornal do Comércio.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 093/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 094/13 – (Proc. nº 1539/13 – Mesa Diretora) – requer seja o
período de Comunicações do dia 22 de agosto destinado a assinalar o transcurso
dos 50 anos do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 094/13.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ouço o Ver.
Reginaldo Pujol.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, provavelmente esta
seja a última votação, e, por solicitação dos colegas da Comissão de
Constituição e Justiça – V. Exa. é um dos mais destacados integrantes –, nós
queremos informar que, amanhã, às 10 horas, nós estaremos reunidos no Plenarinho
da Casa com os representantes dos taxistas, as suas entidades e um
representante da EPTC, muito provavelmente o Cappellari, discutindo um dos três
Projetos que estão tramitando aqui na Casa. O convite é estendido a todos os
Vereadores que queiram participar desse debate.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 092/13 – (Proc. nº
1514/13 – Ver. Dr. Thiago) – requer a realização de Sessão Solene
no dia 10 de maio, às 19h, destinada a homenagear a Sociedade Beneficente Cultural Bambas da Orgia.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento de adiamento da votação do Requerimento nº 092/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 18h18min):
Encerrada a Ordem do Dia.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino
Vendruscolo; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste nas
galerias e pela TVCâmara, mais uma vez em liderança do PDT, quero agradecer ao
Líder Márcio Bins Ely e aos Vereadores que ainda estão em plenário, como o Ver.
Nereu e o Ver. Delegado Cleiton. Quero relatar uma visita que fizemos, onde
fomos muito bem recebidos pelo Secretário de Cultura, Roque Jacoby. Para a
minha satisfação, já fizemos um trabalho aqui com o Secretário, quando assumiu
algumas vezes. Fomos muito bem tratados.
Quero dar os parabéns ao Ver. Nereu,
que aprovou, hoje, a homenagem aos 80 anos do Jornal do Comércio, que é um dos
jornais que mais dá destaque para a nossa Casa, que faz mais entrevistas e
publica mais fotos. O Jornal do Comércio está sempre presente, dando ênfase à
nossa Casa, transmitindo a todos as nossas notícias.
Mas então estivemos com o Roque Jacoby,
na Secretaria de Cultura, para tratar de um assunto que já venho tratando há
quase tanto tempo quanto trato dos lotações de Belém Novo nesta Casa, Ver.ª
Sofia, que é a recuperação, Ver. Delegado Cleiton, do nosso antigo Restaurante
Poletto, na beira da praia, no Leblon. Hoje, ele está em ruínas. Era um
restaurante de Primeiro Mundo, era um restaurante para os veranistas que iam a
Belém Novo; hoje, são ruínas, e, para a nossa infelicidade, algumas pessoas vão
lá se aproveitar e fazer mau uso daquele local.
Então, hoje levamos uma solicitação
para que o Secretário consiga fazer um projeto para que possamos, Ver.
Reginaldo Pujol – que conhece e tenho certeza de que frequentou o restaurante,
porque conheço o Pujol desde 1982, 1978, em Belém Novo –, recuperar o
restaurante. Como temos uma ligação com o Deputado Federal Vieira da Cunha, ele
está disposto a nos dar uma Emenda de R$ 600.000,00 para que possamos fazer
aquelas obras em Belém Novo. Então, fomos pedir ao Secretário Roque Jacoby que
dê prosseguimento ao anteprojeto, porque, com o Sergius Gonzaga, conseguimos
fazer o anteprojeto do restaurante. Então, hoje fizemos essa visita, e queremos
agradecer pelo carinho com que fomos recebidos pelo arquiteto Custódio, pela
Dra. Ana e pelo Secretário Roque Jacoby. Encaminhamos muito bem o nosso pleito,
e tenho certeza de que em seguida teremos o retorno. Já que temos o
anteprojeto, ele já ligou, na mesma hora, para o arquiteto Élton, que hoje está
junto com o Edemar Tutikian e o arquiteto Élton e já se comprometeu em fazer o
projeto, para nossa satisfação e para satisfação daquela comunidade que está há
muito tempo esperando pela recuperação das ruínas do Restaurante Poletto.
Fiquei bastante emocionado quando, naquele momento, o Secretário disse que vai
fazer o possível e o impossível para que isso ocorra, mesmo que saibamos que um
projeto demora: há a liberação do dinheiro, a emenda para ser aprovada, o
Ministério da Cultura... Nós vamos fazer o possível para que esse projeto venha
a dar certo.
Também no final de semana, estivemos lá
na pista de skate de Belém Novo, e o
pessoal de lá está pedindo a ampliação da pista – não é a do Aeroporto Salgado
Filho –, o pessoal do skate está
pleiteando isso. Falamos com o Secretário da Juventude, Luizinho Martins, que
construiu aquela pista através da Secretaria de Cultura, e ele ficou de fazer
uma visita lá nos próximos dias e conversar com o Matheus Piccini, que é o
líder daquela pista. Estaremos junto, acompanhando o Secretário Luizinho.
Para encerrar, estivemos com a
Secretária de Educação e Cultura, Cleci Jurach, solicitando, mais uma vez, um
auditório para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Obino. As
crianças dessa escola já foram premiadas num festival de música e de canto do
Rio Grande do Sul e hoje ensaiam em um ginásio onde a acústica é muito ruim.
Estivemos falando com a Secretária Cleci, que ficou de fazer um estudo e nos
pediu também que participemos, junto com aquela comunidade da Glória, das
reuniões do Orçamento Participativo, para que consigamos colocar o auditório
para a Escola Gabriel Obino em pauta no Orçamento Participativo da Glória.
Agradeço aos nobres Pares que ainda
estão nos escutando às 18h24min e desejo a todos uma boa noite. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0727/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que
obriga a exibição de vídeos educativos com conteúdo antidrogas em aberturas de
eventos culturais com grande público no Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0360/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 062/13, de autoria do Ver. Paulinho Motorista,
que inclui § 4º no art. 14 e §§ 1º e 2º no art. 15 da Lei nº 8.133, de 12 de
janeiro de 1998 – que dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no
Município de Porto Alegre, adequando a legislação municipal à federal, em especial
ao Código de Trânsito Brasileiro –, alterada pela Lei nº 8.323, de 7 de julho
de 1999, subdividindo o serviço de transporte coletivo em comum e expresso.
PROC.
Nº 0628/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que
cria o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher e dá outras providências.
PROC.
Nº 0696/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 041/13, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que declara como bem integrante do Patrimônio Histórico e Cultural
do Município a Banda Municipal de Porto Alegre.
PROC.
Nº 0794/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que
proíbe a comercialização, a utilização e o manuseio de fogos de artifício no
Município de Porto Alegre, bem como a concessão de Alvará de Localização e
Funcionamento e de Autorização para o Funcionamento de Atividade Econômica para
estabelecimentos que comercializam ou fabricam fogos de artifício, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 0816/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 056/13, de autoria do Ver. Pedro Ruas e do Ver.
Prof. Alex Fraga, que obriga casas noturnas que funcionam a partir das 22h
(vinte e duas horas) a afixar, no lado externo do estabelecimento, Alvará de
Localização e Funcionamento e mapa do interior do imóvel. Com Emenda nº 01.
PROC. Nº 0840/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 003/13, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera e renomeia o parágrafo único para § 1º
e inclui §§ 5º, 6º, 7º e 8º no art. 96 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de
1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, dispondo sobre o encaminhamento de Indicação.
PROC.
Nº 0947/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 076/13, de autoria do Ver. João Derly, que dispõe
sobre as regras de distribuição dos royalties decorrentes da exploração do
petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de
concessão.
PROC.
Nº 0962/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que
inclui a Feira Temática da Solidariedade Animal de Porto Alegre no Anexo II à
Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de
Porto Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre
a gestão desses calendários e revoga legislação sobre o tema –, no mês de
outubro e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
PROC.
Nº 1176/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/13, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor José Mariano Benincá
Beltrame.
PROC.
Nº 1194/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/13, de autoria da Verª Mônica Leal, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Alberto Pretto
Moesch.
PROC.
Nº 1307/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 120/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora Rose Marie Vieira Motta
Linck.
PROC.
Nº 1310/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que
denomina Rua Bispo Marino Prudêncio Moreira o logradouro público não cadastrado
conhecido como Rua 7146, localizado no Bairro Restinga.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O
Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Ausente. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a
Pauta.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Bernardino; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, terminando esta tarde com discussão preliminar de
Pauta, a discussão de projetos que receberão nosso tratamento e nosso debate,
chama-me a atenção, Ver. Bernardino, que V. Exa. declara como bem integrante do
patrimônio histórico e cultural do Município a Banda Municipal. Eu o felicito
por essa iniciativa e espero que ela traga de volta o debate do lugar da Banda
– do lugar de investimento, do lugar físico. A Banda Municipal, senhores, virou
itinerante nos últimos oito anos. São 88 anos de Banda, e eu diria, Ver.
Bernardino, que são 88 anos de resistência.
O Auditório Araújo Vianna foi
interditado no ano de 2005, assim a Sala Radamés Gnattali – aliás, eu pergunto
onde está estará essa Sala, importante homenagem a esse músico e maestro –, e,
a partir de 2005, interditado o Araújo Vianna, a Banda não teve mais lugar.
Pedia por favor para ensaiar aqui no Teatro Glênio Peres e, muitas vezes, foi
interrompida porque atrapalhava o funcionamento desta Casa. De fato, o Teatro
Glênio Peres não foi pensado para ensaios de uma banda com a força de
instrumentos que não são os mais pueris e delicados – exatamente por isso a sua
importância, relevância e singularidade.
A Banda não tem lugar, a Banda tem uma
carreira com um salário muito baixo, não tem política clara para estar presente
na Cidade com investimento, com capacidade de atuação e perdeu a sua casa
original, que era o Auditório Araújo Vianna, que hoje virou um grande negócio
para a iniciativa privada. É verdade, é maravilhoso saber que há grandes astros
da música brasileira chegando ao Araújo Vianna, que o Buena Vista Social Club,
aquele belíssimo grupo de salsa, de música cubana, esteve no Araújo Vianna.
Agora, olhem os preços, senhores! Um lugar privilegiado da cidade de Porto
Alegre, dentro do Parque Farroupilha, acesso fácil para toda a Cidade, com
estacionamento nas ruas e avenidas, um superlucro angariado por uma empresa
privada que tem os seus méritos, méritos de ser uma grande articuladora dos
circuitos nacionais e internacionais da cultura. Mas o Araújo Vianna, senhores,
era o nosso auditório público, era o nosso auditório popular, era o auditório
onde vimos grandes nomes – intelectuais da humanidade, músicos – com acesso
gratuito! Lugar de berço, de acolhimento dos nossos músicos gaúchos, dos nossos
músicos porto-alegrenses, que hoje só vão se houver alguma... Por exemplo, na
inauguração, colocaram alguns dos nossos músicos. Se eles resolverem ir lá usar
a vaga pública, as cotas públicas, que é o que está prometido na legislação, no
edital que fez a terceirização do Araújo Vianna, vão gastar – e não têm como –,
Ver. Delegado Cleiton, no mínimo R$ 10 mil, porque dizem que esse é o custo das
vagas públicas para garantir os serviços de limpeza e de segurança próprios do
gestor privado do nosso querido Araújo Vianna. Que dirá a Banda Municipal ter o
seu lugar lá, fazer espetáculos abertos aos domingos como nós tínhamos: domingo
no parque, milhares de pessoas no Araújo Vianna, apresentações de músicos
locais, de bandas, da Banda Municipal, da OSPA gratuitamente!
Que tempos são esses em que as nossas
áreas mais nobres estão entregues à iniciativa privada? Os Fóruns Sociais
Mundiais aconteceram e vibraram. Nós assistimos a José Saramago, Boaventura de
Sousa Santos e tantos ícones da intelectualidade contemporânea no Araújo Vianna
e nos galpões do Cais do Porto – galpões onde, logo, logo, só poderá entrar
quem tiver como pagar ingresso, quem tiver poder econômico.
Então, é muito grave, Ver. Bernardino,
quando se quer declarar patrimônio histórico a nossa Banda Municipal e a gente
o faz apenas como uma forma simbólica de homenageá-la e de resgatá-la.
Nós temos que fazer os debates
verdadeiros e reais sobre o que está acontecendo com a Cultura em Porto Alegre
- a Cultura que vem perdendo recursos como o Fumproarte, que tem uma redução
brutal de recursos; a descentralização da Cultura, que virou em meia dúzia de
oficinas, festas populares tradicionais,
que tem que sobreviver com valor padronizado de, no máximo, R$ 10 mil, que mal
e mal dão para um palco, que dirá banheiros químicos. Ou seja, não há mais
recursos para a descentralização da Cultura, os nossos equipamentos públicos
estão muito mal, com pouquíssimos recursos, com falta de segurança. No nosso
Teatro Glênio Peres, a sonorização é melhor do que a dos teatros da Av. Érico
Veríssimo, dos teatros públicos.
Então, é
triste ver. A Cultura é uma efervescência maravilhosa na cidade de Porto
Alegre, é verdade, olhem o Palco Giratório, que está acontecendo agora, o
FestiPoa... Mas é graças à persistência dos artistas, das artistas e da
iniciativa privada, da apropriação privada. Infelizmente, o nosso poder de
indução público foi muito reduzido na área da Cultura.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir a
Pauta. (Ausente.) O Ver. Elizandro
Sabino está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ELIZANDRO SABINO:
Sr. Presidente, neste momento em que estamos aqui fazendo a discussão
preliminar de Pauta, quero saudar o público que nos assiste pela TV Câmara e
também fazer referência ao PLL nº 048/13,
de nossa autoria, que obriga a exibição de vídeos educativos com
conteúdo antidrogas em aberturas de eventos culturais com grande público no
Município de Porto Alegre. Está na Exposição de Motivos e também no próprio
art. 1º a busca da informação, da conscientização, da prevenção e do combate ao
uso de drogas ilícitas.
Veja, Sr.
Presidente, que nós temos, aqui na Casa, normalmente cinco minutos para nos
manifestar, cinco minutos para falar, e nós nos damos conta, a
cada momento em que nos manifestamos, de como cinco minutos passam realmente
rápido. A proposição é de, em dois minutos, a cada abertura de shows, enfim, de sessões, haja um vídeo
educativo relacionado ao combate às drogas. É um vídeo que trará a prevenção,
trará a conscientização no sentido de combate às drogas ilícitas por jovens,
por adolescentes e até mesmo crianças que, muitas vezes, têm o acesso às drogas
e têm um futuro muito triste em decorrência da primeira utilização, muitas
vezes, de drogas ilícitas. Portanto, Sr. Presidente, nós queremos trazer o
nosso pedido, conclamando todos os colegas no sentido de que aprovem este
Projeto que trará grande benefício para as famílias e para as crianças e
adolescentes da nossa Capital porto-alegrense.
Outrossim, quero aproveitar o ensejo no
sentido de manifestar-me sobre o Projeto de Lei da Ver.ª Lourdes – já fiz isso
em um aparte concedido pela Ver.ª Lourdes – com relação à proibição de
comercialização, utilização e manuseio de fogos de artifício no Município de Porto
Alegre. Esse projeto vem justamente ao encontro do que prevê a Lei 8.069, que é
o Estatuto da Criança e do Adolescente, quando, no seu art. 81, diz que é
proibida a venda de armas e munições explosivas a criança e a adolescente. No
inciso IV, fala de fogos de estampido e de fogos de artifício. Está proibida a
venda, portanto, a crianças e a adolescentes, mas a Vereadora, em um projeto
louvável, estende essa proibição, de um modo geral, a todas as pessoas. Na
verdade, ela é uma militante dos direitos dos animais, que sofrem muito, em
cada virada de ano, quando os fogos de artifício são lançados em todas as
grandes capitais e fora delas. A Vereadora, como defensora desse tema, traz
essa proposição louvável, mas vai muito além disso. Muitas pessoas perdem membros
ao manusearem um foguete, e aí estão os hospitais de pronto socorro, aí estão
os PSFs para relatar sobre pessoas que perdem os dedos das mãos porque não
sabem manusear fogos de artifícios. Portanto, eu quero trazer aqui a minha
palavra de apoio ao Projeto da Ver.ª Lourdes, que está também na 2ª Sessão
desta Pauta.
Finalmente, quero dizer que, dentro de
10 dias, aqui nesta Casa, às 14h30min, dia 16, teremos, no período de
Comunicações, uma homenagem aos 68 anos de fundação do Partido Trabalhista
Brasileiro, o nosso PTB. Todos estão convidados a trazer a sua homenagem. Muito
obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu
poderia e deveria, até numa consequência lógica, manifestar-me, de início,
acerca desse Projeto de Lei proposto pelo Ver. Elizandro Sabino, mas, como é a
1ª Sessão, nós teremos a oportunidade de sobre ele nos manifestar na 2ª Sessão
de discussão preliminar.
Ficamos adstrito ao Projeto de Lei do
Ver. João Derly, que dispõe sobre as regras de distribuição dos royalties decorrentes da exploração de
petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos sob regime de concessão.
Ora, Sr. Presidente, eu fiz uma breve referência na Sessão anterior, mas o
Projeto se refere explicitamente à Lei nº 17.351, Lei Federal, e também à Lei
nº 12.734, de 30/11/2012. Ambas foram aprovadas pelo Congresso Nacional e
mereceram mais vetos do que propriamente aquilo que havia sido aprovado. Ocorre
que os Vetos foram derrubados na Câmara dos Deputados, e, já na semana passada,
no Dia do Trabalhador, a Presidente Dilma Roussef ingressou na Câmara com mais
uma Medida Provisória na qual ela procura desviar tudo aquilo que foi decidido
em favor dos Estados e Municípios e concentra, numa medida de alta visão
político-eleitoral, a obrigatoriedade de que os recursos provindos do Pré-Sal
sejam colocados exclusivamente na Educação, mesmo teor aquele da proposta do
ilustre integrante da Bancada do Partido Comunista do Brasil, o Ver. João
Derly.
Ora, primeiro, o Pré-Sal, Ver. Sabino,
é uma grande panaceia que este País conhece. Faz anos que o Lula fala no
Pré-Sal, nós já estávamos ingressando na OPEP como grandes produtores de
petróleo, e o que acontece? Uma crise sem precedente, pior momento da balança
comercial brasileira desde 1983, porque o Brasil, que o Lula tinha anunciado
como autossuficiente na produção de petróleo, não tem produzido o necessário para
a manutenção da economia nacional. O óleo diesel, o gás liquefeito de petróleo,
com gasolina, enfim, com tudo o mais têm pesado fortemente na balança comercial
brasileira, e enormes gastos nesse sentido têm sido feitos.
Então, o que é que a Presidente está
querendo que distribuamos? O prejuízo que a Nação está tendo? Resultado?
Benefício? Recurso? Dinheiro? Finança? Aquilo que a Petrobras produziu em
grande escala durante todo o período do Fernando Henrique Cardoso agora são
déficits enormes! A Petrobras perdeu R$ 40 bilhões no ano passado! Na parte de
energia elétrica, Sr. Presidente – a Ver.ª Sofia não gosta de ouvir isso –, a
Presidente conseguiu, numa tacada só, desmontar a Eletrobrás, que perdeu 40% do
seu valor comercial em bolsa. E V. Exa., Presidente, que é um homem esclarecido
– eu apenas o cito, porque o senhor tem ampla condição de entender essa
circunstância –, o seu Partido, o PDS e o PSD vão tentar dar uma mão à Dilma,
que está perdida. Com esse Ministério que ela tem, não vai a lugar nenhum. O
Brasil tem déficit em tudo que é setor nos dias atuais, e aí o João Derly,
comunista novo, chegou ontem aqui na Casa e descobriu a pólvora! Vamos “proibir
que os recursos sejam colocados aqui na Educação”. Mas que recursos? Estão, a
cada ano, caindo mais os recursos obrigatórios que o Governo Federal tem que
passar para o Município. A cada ano, aumenta a redução, e não acresce.
Por isso, Sr. Presidente, eu quero
dizer a V. Exa. que eu lamento que a Ver.ª Sofia tenha se ausentado – estava
com outro compromisso –, porque eu vou me referir inclusive à manifestação que
ela teve durante a discussão de Pauta e peço que V. Exa., logo depois que se
concluir o meu tempo, me conceda os 5 minutos de Liderança, para que eu
possa... Esgota-se o tempo regimental, e eu fico devendo uma resposta
contundente à Ver.ª Sofia Cavedon, que injustamente criticou a ação do Governo
Municipal na área cultural, especialmente na descentralização, onde o Leonardo
Maricato de Mello, que está como Coordenador desde janeiro, tem sido merecedor
de grandes aplausos da comunidade brasileira pela expansão da ação cultural do
Município em toda a periferia de Porto Alegre.
Presidente, obrigado pela tolerância.
Eu sei que V. Exa. é muito tolerante, como eu também sou, mas estou perdendo a
capacidade de tolerar toda essa babaquice que eu vejo aqui na tribuna. O
pessoal do PT vem para a tribuna e fala mal do Governo do Município. O
responsável por esse déficit da balança comercial do Brasil, muito
provavelmente, é o Fortunati. Ele é responsável por tudo. Eles criticam tudo e
esquecem que estão no Governo há quase oito anos; não fazem e criticam os
outros que fazem.
Obrigado, Sr. Presidente. V. Exa. foi
brilhante na condução dos trabalhos como só poderia acontecer com um homem com
as suas qualidades.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo):
Obrigado.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h46min.)
*
* * * *